Secretaria de Saúde de São Fidélis inicia implementação de programa para público LGBTQI+
Matheus Berriel - Atualizado em 21/06/2021 17:04
A secretaria municipal de Saúde de São Fidélis iniciou recentemente a implementação de um programa exclusivo para atendimento ao público LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, travestis, transgênios, queer, interssexuais e outros gêneros) nos serviços de atenção básica. Já previsto no Ministério da Saúde, o programa ainda não havia sido implantado no município e atualmente está em fase de informação.
— Agora o programa está implantado pela Prefeitura, mas a gente ainda está implementando. Acredito que, a partir do ano que vem, a gente vai colocá-lo em prática — disse o coordenador do programa, Renan Verlin Kifer.
Na prática, a partir da implementação, o público LGBTQI+ passará a ter acesso a atendimento personalizado de acordo com as necessidades, conforme já realizado em programas voltados à atenção ao idoso, à mulher, ao homem e à família. Entre os serviços previstos, estão os de saúde sexual e reprodutiva, tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (IST's), saúde mental, redesignação sexual, assistência social, assistência psicológica, assistência psiquiátrica, saúde bucal e outros presentes na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
— O programa já está no plano anual de saúde do nosso município, agora está sendo implementado. A gente está levantando os materiais necessários para fazer a impressão de cartazes e outros materiais de divulgação, o que é o primeiro eixo desse programa. Vamos colar cartazes do programa em todas as unidades de saúde, fazer sala de espera e palestras para poder informar a população sobre o programa. Os pacientes serão atendidos nas unidades de saúde. Inclusive, o próprio prontuário eletrônico já dá o nome social da pessoa — explicou o coordenador da atenção básica de saúde em São Fidélis, Rossini Lima de Almeida.
Segundo Rossini, futuramente, agentes comunitários de saúde realizarão um levantamento junto ao público LGBTQI+ para identificar as especificidades de cada paciente.
— A gente vai planejar ações específicas para esse grupo, depois de ser identificado. Vamos identificar quantos LGBTI são fumantes, quantos são diabéticos, quantos estão hipertensos, acima ou abaixo do peso, quantos precisam de reabilitação física, enfim, para a gente encaminhar a cada plano, fazendo um acompanhamento integral junto a outros programas específicos — comentou.

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