Reajuste no preço do GNV assusta consumidor na bomba
Dora Paula Paes - Atualizado em 08/05/2021 01:33
O aumento do preço médio do metro cúbico do Gás Natural Veicular (GNV) foi em torno de R$ 1,00. Na ponta do lápis, assusta motoristas na hora de pagar a conta. A alta passou a vigorar no último sábado (1), mas foi anunciada pela Petrobras no início de abril. A mudança acompanha o reajuste de 39% no preço médio do gás natural nas distribuidoras.
Em alguns postos de combustível de Campos, o metro cúbico do GNV, que custava pouco menos de R$3,00 nas bombas, agora encosta nos R$ 4,00. O menor preço encontrado pela Folha da Manhã, nesta sexta-feira (7), foi de R$3,79. Em um segundo posto de combustível foi encontrado a R$3,99.
Muito preocupado com o impacto do reajuste está o motorista de aplicativo, João Carlos Rodrigues, 23 anos. Numa conta rápida, segundo ele, seu gasto médio de R$ 60,00 passou para quase R$ 90,00, isso para rodar em torno de 150 quilômetros.
— Que trabalhador aguenta um reajuste desse? — questiona. Para conseguir pagar essa conta, João Carlos se viu obrigado a trabalhar mais, de domingo a domingo, para compensar com o aumento.
Segundo a Petrobras, a variação acontece pela aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio. Esta parcela do preço é atualizada anualmente, em maio, pelo IGP-M, que acumula alta de quase 10% no ano e de cerca de 32% em 12 meses.
Em nota ao anunciar o reajuste, a estatal explicou que a variação é resultado “da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio”. Conforme a companhia, as atualizações dos preços dos contratos são trimestrais e com relação aos meses de maio, junho e julho, a referência adotada são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março.
Na cozinha — A mudança também atinge os moradores que usam gás encanado. O preço do botijão de gás, no entanto, não vai ser impactado por esta alteração. 

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