Estado inicia desassoreamento de rio e canais em Campos
Ícaro Abreu Barbosa 19/04/2021 10:28 - Atualizado em 19/04/2021 14:57
  • Limpeza do canal Coqieiro (Foto: Genilson Pessanha)

    Limpeza do canal Coqieiro (Foto: Genilson Pessanha)

  • Limpeza do canal Coqieiro (Foto: Genilson Pessanha)

    Limpeza do canal Coqieiro (Foto: Genilson Pessanha)

  • Limpeza do canal Coqieiro (Foto: Genilson Pessanha)

    Limpeza do canal Coqieiro (Foto: Genilson Pessanha)

A secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) iniciaram, nesta segunda-feira (19), a limpeza e o desassoreamento de trecho de cerca de 12 quilômetros dos canais São Bento e Coqueiro e do rio Cacomanga para a retirada de um total de 126 mil metros cúbicos de sedimentos. As intervenções têm por objetivo melhorar o escoamento desses corpos hídricos, de forma a minimizar as inundações decorrentes do transbordamento dos mesmos.
O início do programa Limpa Rio, em Campos, foi acompanhado pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Thiago Pampolha, pelo presidente do Inea, Philipe Campello, pelo prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PSD), e pelo vereador Marquinhos Bacellar, que representava seu irmão, o deputado Rodrigo Bacellar, autor da ementa.
— Hoje estamos abrindo três frentes de trabalho: Coqueiros, Capomanga e São Bento. Mas outros canais precisam ser feitos. De início iremos fazer trechos destes três canais, desafogando o problema das enchentes, assoreamentos e ajudando na limpeza. Ainda neste ano pretendemos iniciar um trabalho de desobstrução dos canais que vão para Lagoa Feia. Sabemos da importância disso para os produtores rurais e para outros municípios, como Quissamã. Então nós vamos, entre agosto e setembro, adquirir uma máquina que vai fazer a desobstrução deles — explicou o secretário Thiago Pampolha.
No rio Cacomanga, a previsão é retirar, em trecho de quatro quilômetros, cerca de 42 mil metros cúbicos de sedimentos; do canal Coqueiro, aproximadamente 65 mil metros cúbicos de material em seis quilômetros de extensão; e no canal São Bento, 20 mil metros cúbicos de sedimentos em trecho de cerca de um quilômetro de extensão.
O prefeito Wladimir Garotinho destacou a importância da parceria. "É uma parceria entre a secretaria de Meio Ambiente do Estado, Inea e Prefeitura de Campos. Vamos começar com a dragagem de três canais, Coqueiros, Cacumanga e, também, o São Bento. O secretário já se comprometeu a, tão logo acabar esses três canais, entrar no canal do Saco e no canal de Tocos, que é muito importante para a drenagem de toda cidade. A gente vai começar a construir uma nova história desse jeito, com parceria e fazendo aquilo que é importante para a cidade. Campos tem que investir na sua agricultura. Para investir na sua agricultura, precisamos limpar os canais e dar a drenagem que os produtores precisam, para escoar a água que eles precisam para irrigar suas plantações", disse.
O superintendente regional do Inea, Frederico Pereira, explicou sobre o trabalho. "A limpeza tem que ser feita nesse canal, que faz drenagem tanto da parte urbana quanto da parte rural. Então é interessante fazer aqui primeiro para desobstruir as águas que seguem da cidade para a baixada. Estamos contando com o apoio do comitê do baixo Paraíba. É um trabalho difícil, para hoje é fazer uns 100 à 200 metros, para dar a largada", pontuou.
O secretário de Agricultura de Campos, Almy Junior, explicou que o abandono das redes de canais gerou uma dificuldade de escoamento rápido, impedindo que o Canal das Flechas atenda outros periféricos. "Como está tudo sujo, mesmo que você mantenha alto, a água não está chegando. Então, a manutenção desses canais é fundamental para um processo de segurança hídrica que é fundamental na agricultura", disse ao acrescentar que: "Nós ainda não sabemos a previsão climática para esse ano, está confuso, se vai chover ou não nos próximos três meses, então se abaixarmos demais vamos ter problemas; se aumentarmos vamos ocupar áreas de terras de outros agricultores".

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