Retrospectiva 2020: Pouca coisa para se comemorar
Rafael Soriano considera segundo turno uma nova competição
Rafael Soriano considera segundo turno uma nova competição / Rodrigo Silveira
Se nenhum clube profissional de futebol em Campos conquistou título em 2020, o Americano foi o único com algo para comemorar. Apesar de não ter avançado às fases principais do Campeonato Estadual, o Alvinegro conseguiu se manter na Seletiva da primeira divisão para 2021. Por outro lado, o Campos Atlético caiu da segunda direto para a quarta divisão, enquanto o Goytacaz quase amargou a queda para a terceira. Absolvido duas vezes em imbróglio judicial por escalação irregular de atleta durante a Série B1, o Alvianil da rua do Gás ainda pode ser julgado no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Sem classificar o Americano às fases principais do Estadual, o técnico Josué Teixeira deixou o clube no final de janeiro. “Agradeço ao Americano FC o período de 22 meses de parceria profissional. Desejo sucesso. Abraço a todos”, publicou Josué nas redes sociais. Ele foi substituído por Rafael Soriano, que, embora não tenha garantido a permanência na Seletiva já no Grupo X, amargando uma derrota para o Friburguense na última rodada, conseguiu o feito com o clube terminando como líder do Grupo Z.
Soriano deixou o Americano após o término da temporada, com desempenho de seis vitórias e duas derotas, seguindo para a Inter de Limeira/SP. Ele era desejo do presidente alvinegro Vagner Xavier, eleito por aclamação em maio, mas permaneceu no futebol paulista. Em novembro, o Americano contratou Caé Cunha visando ir além da Seletiva em 2021.
Na Série B1, Campos Atlético e Goytacaz não obtiveram sucesso. Com Gecildo Souza de treinador na maior parte do campeonato, substituído por Maycon Pinheiro apenas nas quatro rodadas finais, o jovem time do Roxinho foi o último colocado na classificação geral, com apenas sete pontos em 16 partidas. Em razão do surgimento da Série A2 como nova segunda divisão a partir do próximo ano, a Série B2 passará a ser a quarta divisão, representando um rebaixamento duplo do clube do Parque Leopoldina.
No Goytacaz, que passou a ter o futebol administrado pela empresa G7 Football Investment, a escalação irregular do atacante Pepeu em partida contra o Serra Macaense gerou risco de permanência na Série B1 — na prática, uma queda para a terceira divisão. Como ficou em oitavo, sendo o último classificado para a Série A2, o Alvianil dexaria de ter a vaga em caso de condenação, podendo perder até seis pontos. Após absolvições no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) e no Pleno do próprio órgão, ainda há possibilidade de o caso chegar ao STJD. No julgamento em segunda instância, houve o entendimento de que que ocorreu vício insanável na denúncia feita pelo Serra Macaense, um dos recorrentes, pois o presidente do clube estava suspenso na ocasião em que assinou ofício denunciando o Goytacaz.
O Goyta começou a Série B1 com Lucho Nizzo de técnico. Ele acabou demitido em outubro, com o supervisor Rodrigo Nunes e o auxiliar Medina assumindo o comando interinamente por três partidas, até a chegada de Cleimar Rocha.

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