"Confio nos nossos advogados e na vitória no TSE", afirma Frederico Paes
26/11/2020 07:49 - Atualizado em 26/11/2020 13:51
Candidato a vice-prefeito de Campos na chapa de Wladimir Garotinho (PSD), Frederico Paes (MDB) disse nesta quinta-feira (26) que está confiante em absolvição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da denúncia referente à perda do prazo de desincompatibilização dos cargos de diretor do Hospital dos Plantadores de Cana (HPC) e presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Hospitalares e Clínicas de Campos. Ainda sem data definida, há expectativa de que o julgamento aconteça nesta semana, antes do segundo turno da eleição. Durante a entrevista ao Folha no Ar - 1ª edição, da Folha FM 98,3, Frederico revelou ainda ter sido convidado pelo deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) a se candidatar a prefeito pelo grupo político, que, posteriormente, foi o autor da denúncia contra ele.
— Eu acredito muito no meu direito, no direito que a gente tem. Muita gente me perguntou por que não saí antes (dos cargos). É importante a gente destacar que nós estamos em pandemia. Eu era diretor de um dos maiores hospitais em Campos, nós atuamos fortemente na pandemia, principalmente no atendimento às mulheres grávidas. Então, o máximo que eu pude protelar a saída, eu fiz. E, assim mesmo, saí por questões éticas, por questões morais, por opção minha. Na verdade, todos os meus advogados sempre me falaram que eu não precisava sair, conforme o meu advogado hoje, que está atuando, Dr. Henrique Neves, lá em Brasília. A tese dele é que, na verdade, não é questão de prazo, se eu precisava sair antes ou depois. Eu não precisava sair. Afinal de contas, o hospital não é público. É um hospital particular, filantrópico, que trabalha para a rede pública e recebe recurso público, mas não é público — disse Frederico Paes. — Essa é a nossa tese, é a tese do nosso advogado, e eu acredito bastante que vamos sair do TSE vitoriosos — pontuou.
Na visão de Frederico, o imbróglio relacionado à possibilidade de impugnação da chapa, após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), trouxe prejuízos à chapa. Apesar disso, o candidato a vice garante estar confiante em vitória no recurso no TSE e também nas urnas.
— O possível dano causado na questão eleitoral é muito maior na divulgação disso, como foi feito pela oposição, do que qualquer possível benefício de eu ter tido há quatro meses e meio, cinco meses atrás, quando eu era diretor do hospital. Mas, de qualquer forma, eu confio muito nos nossos advogados, eles estão confiantes na nossa vitória. E a maior prova que os votos do Wladimir e do Frederico Paes são válidos, estão valendo, é que nós estamos disputando o segundo turno — enfatizou.
Frederico Paes vinculou a denúncia feita pelo grupo de Rodrigo Bacellar e do então candidato a prefeito Bruno Calil (SD) como uma atitude política para tirá-lo do pleito.
— A nossa chapa é muito forte. Na verdade, a tentativa de tirar o Frederico Paes da chapa do Wladimir foi questão só política, não foi questão técnica. Todo mundo sabe. O próprio grupo do Rodrigo Bacellar, que entrou contra a gente, reconhece. Antes, eu fui convidado para ser candidato a prefeito pelo Rodrigo Bacellar. Na época, eu não aceitei, não pude. Eu fui convidado por esse grupo que entrou contra mim (na Justiça). Na verdade, essa entrada contra mim foi uma entrada política, para enfraquecer a nossa chapa. Eles sabem o quanto posso contribuir para o município — afirmou.
Segundo Frederico, caso a chapa de Wladimir e sua confirme no segundo turno a vitória desenhada no primeiro, não há desejo de sua parte em assumir alguma secretaria, mas sim o de ter liberdade para colaborar na gestão, com objetivo de que Wladimir foque na captação de recursos federais para o município.
— Não tenho essa pretensão, nem foi nada discutido ou acertado com Wladimir. Eu preciso, dentro da administração, ficar solto, vamos dizer assim, para a gente ajudar o Wladimir, estar ao lado dele o apoiando em todas as áreas. Evidentemente, na saúde e na agricultura eu terei uma atuação mais forte pelo meu conhecimento, pela minha experiência: por 25 anos de trabalho na agricultura e quase 10 anos na área da saúde. São duas áreas em que vou atuar mais fortemente — garantiu.
Na área da saúde, Frederico disse ser necessário que lideranças políticas sigam as recomendações médicas no enfrentamento à Covid-19.
— Campos, hoje, tem o chamado Banco de Mentes, com profissionais excepcionais na área de saúde pública. Temos pessoas que sabem o que fazer. Então, o político não pode interferir pensando em palanque eleitoral, pensando nisso e naquilo, enquanto pessoas estão morrendo por causa da doença. O que nós estamos vendo hoje não é uma segunda onda. A onda não parou — afirmou o candidato a vice. — É totalmente necessário ouvir os técnicos. A política tem que ficar fora disso. É uma decisão técnica. Se o secretário de Saúde, se as pessoas que estão tomando conta disso falarem que é preciso voltar lockdown, que é preciso fazer isso ou aquilo, tem que ser feito. O que é mais importante do que a vida? Não tem nada mais importante que a vida e a saúde. Então, é preciso tratar isso de forma muito serena, mas com muita força — ressaltou.
Confira a entrevista completa:

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