Covid-19 não assusta campistas nesta Black Friday
Ícaro Abreu Barbosa - Atualizado em 27/11/2020 16:08
Genilson Pessanha
A Black Friday levou os campistas para as lojas da cidade nesta sexta (27). Produtos de diversos tipos e gêneros chamam a atenção das pessoas mais variadas que passam pelos comércios locais e pelas grandes redes instalados na Boulevard Francisco de Paula Carneiro durante a manhã e início de tarde.
O coronavírus ou tão pouco o retorno a fase amarela das medidas de combate e controle a doença - anunciado para a próxima segunda-feira (30) - serviram de impedimento para a população; pelo contrário, quem sai para comprar busca achar seu produto antes que haja algum tipo maior de controle ou restrição que atrapalhe. Por tal motivo, filas grandes e aglomerações são vistas em todas as vitrines anunciando “Black Friday” ou “Desconto”.
- Passamos por uma situação complicada com a volta da fase amarela na segunda-feira. Mas é fato que a procura está sendo boa no decorrer desta manhã, seguindo nossas boas expectativas para essa Black Friday e final de ano; por enquanto, vamos à luta! Estamos por aqui, nossos vendedores sorrindo de braços abertos como sempre - contou Valéria Pessanha, gerente há 14 anos de uma loja de tecidos no Centro.
Os descontos estão variando de 15% a 50% e os produtos estão sendo avaliados desde a entrada pelos clientes. O movimento está bom e a esperança da gerente é aumente ao longo de todo o dia. Vale destacar a maior busca pelo segmento, pelo aumento de demanda de produção de máscaras, quem vende tecidos ainda vê um acréscimo a mais. 
Algumas lojas ainda chegaram a registrar nas quatro primeiras horas de funcionamento o faturamento equivalente a um dia inteiro de trabalho. A expectativa é que mesmo com a crise econômica, o comércio continue aquecido a todo vapor até o natal.
- Ao longo do mês a movimentação estava bem fraca, mas aumentou nessa Black Friday desde que abrimos hoje às 8h. Nossos descontos vão até 70% nos produtos que trabalhamos, principalmente televisores e telefones. A saída dos dois produtos está boa; principalmente dos televisores grandes, que estão com os maiores descontos. Ainda são 10h da manhã (momento em que foi entrevistado) e nós já vendemos três vezes mais do que vínhamos vendendo ao longo de um dia inteiro, mesmo com uma redução na equipe - comentou Bruno Souza Manhães, gerente há um mês de uma loja de celulares e televisores no Calçadão.
Há, por outro lado, comerciantes que optam pela estratégia da semana inteira de descontos, que chegam até 40%. É o caso do que explica a gerente de um Pet Shop localizado na Av. 28 de Março, Fernanda Fernandes Toledo, que já percebe um aumento de 10% das suas vendas: "Resolvemos fazer uma semana de descontos, e não um dia, específico. Começamos ontem e realizamos diversos anúncios em nossas redes sociais. Hoje já percebemos um aumento de 10% a mais. Mas no geral, em relação ao mês, a data específica e a semana, nada de surpreendente".
 
 
A sensação de "nada de surpreendente" também sai da boca de quem procura alguns produtos durante o período de recessão que vive o mundo, o país, o estado e a cidade. Quem observa os produtos por 15 minutos nas lojas buscando por um preço mais baixo, como o militar Paulo Roberto de Cassad e sua esposa, relatam:
- Como cliente, estou rodando desde cedo com minha esposa avaliando os preços. Olhando o mesmo produto em várias lojas, mas não consigo ver muita concorrência entre elas. A sensação é de que há uma espécie de tabelamento e ninguém abaixa a partir de tal valor. Estamos aproveitando o 13º salário para dar uma repaginada na casa. Mas até agora não encontramos os produtos que estamos procurando com um preço satisfatório - relatou o militar após sair de uma loja de aparelhos domésticos no Centro.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS