Um novo golpe praticado pelo WhatsApp tem feito vítimas por todo o país e despertado a atenção das autoridades policiais. Por meio de um número falso, estelionatários roubam a foto e os dados do usuário e pedem aos contatos da vítima que enviem dinheiro. Para fugir das abordagens virtuais, o delegado Ronaldo Cavalcante orienta que os usuários busquem confirmar as informações passadas no aplicativo de mensagens.

Titular da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Ronaldo destacou que, no início da pandemia do coronavírus, os registros de golpe pelo WhatsApp aumentaram significativamente, mas apresentaram redução nos últimos meses. Ele explicou como ocorre a abordagem às vítimas:

— O golpe é parecido com o falso sequestro. A abordagem é semelhante. Em vez de dizer à vítima que é um sequestro, o estelionatário pega o dinheiro. Ele se identifica como a pessoa da foto e pede o valor. Como é crime de estelionato, o local para ser processada a investigação é de onde foi roubado o dinheiro. Muitas vezes, o golpe é de outro estado.

Segundo Ronaldo, outro ponto que dificulta a investigação está relacionado aos números de onde partem as mensagens. Parte das linhas telefônicas usadas no golpe está cadastrada no CPF de pessoas que já morreram. O delegado fez um alerta à população e deu dicas de como evitar o golpe.

— Nunca depositem o dinheiro imediatamente porque, geralmente, é golpe. Quando acontecer, peçam para a pessoa ligar ou mandar um áudio para você poder identificar a voz. Ou liguem para o número anterior da pessoa, para familiares ou amigos em comum. É necessário um pouco mais de cautela.

Neste mês de outubro, a 134ª DP registrou menos de dez casos de estelionato por WhatsApp. Ainda assim, destacou o delegado, o número é grande.