Comércio registra queda de vendas no Dia das Crianças
Paulo Renato Pinto Porto - Atualizado em 17/10/2020 10:58
Isaías Fernandes
O movimento de vendas de presentes por ocasião do Dia das Crianças, comemorado na última segunda-feira (12), foi de queda no comércio campista nos shoppings e lojas no Centro. Os comerciantes, em grande parte, não fizeram novas compras para renovação de seus estoques, já com previsão de retração na demanda em razão da pandemia. A maior parte dos lojistas calculou uma queda entre 10% e 15% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Entretanto, apesar do recuo, ele foi menor do que o esperado. Alguns estimavam uma queda nas vendas até de 30% em razão dos problemas causados pelo novo coronavírus. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL – Campos), José Francisco Rodrigues, afirmou que o que sustentou um movimento menor pior foram as medidas de flexibilização no município e as do governo federal.
— A flexibilização local e o auxilio emergencial, medida do governo federal, ajudaram aqueles que têm pouca ou nenhuma renda. Isso refletiu nas ruas com um movimento nas ruas e lojas. Claro que não foi uma demanda como nos anos anteriores, como também não teremos um Natal em 2020 como foi no ano passado. Mas vejo perspectivas de uma reação — analisou.
José Francisco declarou-se otimista com a liberação de algumas atividades pela Prefeitura.
— A autorização para o funcionamento de algumas outras atividades, como as casas de festas, ainda que com restrição para 100 pessoas, entre outras atividades, tem sido muito importante porque se trata de dinheiro circulando no município. Há muita gente que ficou presa, isolada em casa, mas agora a tendência é que esse pessoal vai consumir — avaliou ainda.
Já o comerciante Alamir Chacur, que há mais de 50 anos atua no comércio de lojas de brinquedos, manteve o mesmo estoque, já com projeções nada otimistas em relação às vendas, e enumerou algumas dificuldades.
— Com a alta na cotação do dólar, houve escassez de matéria-prima e as indústrias fabricantes de brinquedos não produziram grande estoque. Por outro lado, houve também o encarecimento dos artigos para entrega. Como sou precavido e já calculava essa baixa nas vendas, não fiz compras, trabalhei com o que já tinha no estoque. Prefiro perder de 20% a 30% vendas do que arriscar uma grande compra e não vender — avaliou o empresário.
— Estou sendo apenas realista, mas o momento não é desesperador. Estamos vivos, o ano de 2021 está chegando aí e vamos torcer por uma vacina segura contra a Covid 19. E vamos esperar um Natal melhor — finalizou Alamir.

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