Após polêmica com Bombeiros, Caio e Gilmara têm candidaturas deferidas
20/10/2020 16:36 - Atualizado em 21/10/2020 00:36
Caio Vianna, Gilmara e Laterça
Caio Vianna, Gilmara e Laterça / Divulgação
Após a polêmica sobre a liberação da sargento Gilmara Gomes (PSL) pelo Corpo de Bombeiros, a Justiça Eleitoral deferiu a candidatura da militar para vice na chapa de Caio Vianna (PDT), que também recebeu crivo positivo do juiz Paulo Maurício Simão Filho, da 76ª Zona Eleitoral de Campos. 
A candidatura de Gilmara chegou a receber um pedido de impugnação com base em uma decisão inicial do Corpo de Bombeiros de indeferir o pedido de afastamento dela para concorrer nas eleições municipais. A alegação do pedido era de que, sem o aval da corporação, Gilmara não poderia disputar o pleito por causa da lei sobre desincompatibilização do cargo militar. 
No entanto, uma segunda decisão interna do Corpo de Bombeiros revogou o parecer anterior e liberou a dentista para colocar seu nome nas urnas (aqui). O entendimento jurídico para a mudança foi de que militares sem cargos de chefia só precisam se afastar das funções a partir do momento que o registro de candidatura for deferido. Esse também foi o entendimento do Ministério Público e da Justiça Eleitoral e que foi citada na decisão de primeira instância.
Com isso, já são oito das 11 candidaturas à Prefeitura de Campos que foram deferidas pela Justiça Eleitoral: Caio Vianna, Dr. Bruno Calil (SD), Odisseia (PT), Professora Natália (Psol), Rafael Diniz (Cidadania), Roberto Henriques (PCdoB), Tadeu Tô Contigo (Republicanos) e Wladimir Garotinho (PSD).
Ainda aguardam julgamento, de acordo com o site DivulgaCand, da Justiça Eleitoral, os seguintes candidatos: Beethoven (PSDB), Cláudio Rangel do Boa Viagem (PMN) e Jonathan Paes (PMB).
Direito de resposta - Ainda durante o período das convenções, o deputado federal Felício Laterça, campista e vice-presidente estadual do PSL, postou um vídeo questionando o prefeito Rafael Diniz sobre uma verba federal que teria sido viabilizada por ele para auxiliar a Santa Casa. Segundo o parlamentar, o dinheiro não teria chegado ao seu destino final.
No entanto, o juiz Ralph Manhães concedeu direito de resposta ao prefeito, que explicou que a verba era do Ministério da Saúde e não tinha destino carimbado e foi utilizado para pagamento dos médicos e demais profissionais de Saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia de Covid-19 no município.
Confira o direito de resposta:
Por outro lado, Laterça reafirmou que cumpre a decisão, mas que recorre. O deputado também falou que o Tribunal de Contas da União abriu investigação sobre o caso. "Decisão judicial eu não discuto eu cumpro. Lógico que eu recorri e vou continuar recorrendo. Mas eu falei a verdade e vou continuar batendo em cima da verdade. Tenho um ofício que encaminhei e o Tribunal de Contas da União já abriu a investigação sobre a origem dos recursos. Nós vamos mostrar e demonstrar que os recursos não foram encaminhados. No mais, o prefeito se comprometeu, falou comigo que tinham quatro deputados federais que tinham destinado. O Ministério da Saúde abriu um teto e estendeu. O Planalto aproveitou as indicações de deputados federais, botou um extra teto e enviou o recurso. E, além disso, ele (Rafael) é um devedor contumaz, só paga mediante a Vara da Justiça. Essa é a verdade".

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    Aldir Sales

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