O professor Luiz Magalhães e a índia bem fornida e gostosa
- Atualizado em 26/09/2020 10:01
 O saudoso professor Luiz Portelli Magalhães (na foto ao lado de Beth Araújo) marcou o seu nome no magistério de Campos conduzindo, nos anos 70 e 80, o conceituado Curso Savart, de preparação para o concorrido vestibular unificado da Fundação Cesgranrio.
Nas salas de aulas, Luiz Magalhães, também escritor, pensador, cronista, passou por tradicionais colégios, inclusive lecionando e dirigindo o Liceu de Humanidades.
Espirituoso, Luiz Magalhães foi protagonista de divertidas histórias. Uma delas quando um senhor bateu à porta de sua casa na Av. 28 de Março para vender revista sobre saúde.
Evangélico, o vendedor emitiu os seus conceitos sobre alimentação, dizendo que um bom crente, que tem no corpo o “templo de Deus”, deveria se abster das orgias alimentares, como a carne vermelha.
Luiz Magalhães, irritado com a conversa interminável do vendedor e seus conceitos sobre fermentações e nutrefações, deu uma de bobo, simulando concordar com toda a explanação.
— Irmão, está tudo certo! Carne vermelha, nunca mais! Só uma dúvida me angustia. Se uma índia, bem fornida e gostosa, aparecer no meu caminho, devo comê-la ou não??? Afinal é uma pele-vermelha, seu cara-pálida!!!
O vendedor perdeu a fala, gaguejou, cuspiu na calçada, praguejou, enfiou a tal revista na sacola e saiu acelerado, rubro como uma lagosta bem grelhada.
Luiz Magalhães, comentando o episódio com Paulo, um amigo que esteve interno no Colégio Adventista de Petrópolis, ouviu dele, pecador contumaz, que nunca penou tanto na vida só comendo matos, folhagens e alguns tubérculos.
Segundo Magalhães, o suplício do amigo só tinha uma compensação.
— O peido dele não fedia jamais...

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    Saulo Pessanha

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