Vinícola Leone di Venezia
08/09/2020 12:28 - Atualizado em 08/09/2020 12:32
COLUNA DE VINHO JOÃO RICARDO RODRIGUES
A cada garrafa de vinho brasileiro aberta venho descobrindo e consolidando o conhecimento do grande potencial dos nossos terroirs e as maravilhas que são elaboradas por nossas vinícolas.
Um brinde ao vinho brasileiro!
 
 
A uva
 
Uma das principais uvas italianas a Garganega tem a sua origem creditada ao noroeste da Itália na região do Vêneto mais precisamente nas províncias de Vicenza e Verona, onde é a principal uva da Denominação de Origem Soave, não confundir com o vinho suave muito comum no Brasil, nessa DO os vinhos podem ser elaborados 100% pela Garganega, ou em um blend, onde ela aparece com 70% junto com a Trebbiano e a Chardonnay. Outras regiões da Itália onde a Garganega também se destaca são as vizinhas Friuli e Lombardia.
 
 
Segundo estudos de DNA foi constatado que através do cruzamento espontâneo ela é responsável por várias castas importantes da Itália, também foi identificada na Sicília com o nome de Grecanico Dorato (Grecanico), estudos ampelógrafos já apontavam a possibilidade de serem a mesma uva devido às semelhanças de cachos, bagas e características das folhas.
 
 
Os vinhos produzidos com a Garganega costumam apresentar grande intensidade aromática, apresentando frutas brancas (pera, maçã e damasco), amêndoas, perfumes florais, também pode aparecer ervas e algo mineral. A Garganega é bem versátil, tem estrutura para passar por barrica e gera vinhos que vão dos jovens e frescos até vinhos que suportam bons anos de guarda.
 
 
Para a harmonização é ótimo como aperitivo, acompanhando antepastos; fondue de queijo, harmoniza bem com aves e peixes.
 
 
E para nossa sorte e felicidade a Garganega tem se adaptado muito bem ao terroir brasileiro, nos presenteando com vinhos de altíssima qualidade, como o Garganega elaborado em Santa Catarina no Terroir de Altitude pela Vinícola Leone di Venezia, já apresentada aqui no Blog no artigo sobre a uva Sangiovese.
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O Vinho
 
 
Garganega - safra 2018.
 
 
Fermentado em barricas de carvalho novas, onde permaneceu por 6 meses junto às leveduras e “batonagens” a cada três dias, a fermentação malolática realizada dentro das barricas ajudou a revelar um elegante amanteigado e uma complexidade sabores, não passou por filtragem e não foi estabilizado.
 
 
 
 
 
 
No visual: cor amarelo palha com reflexos dourados;
 
 
No nariz: aromas sedutores, damasco, amêndoas, amanteigado, flores brancas secas, ervas doce e baunilha.
 
 
Na boca: muito equilibrado, fresco e macio, os 14% de álcool estão em perfeita harmonia com a acidez, a persistência é média +, elegante e com um retrogosto de amêndoas e amanteigado.
 
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