"Mensalão", do partido de Roberto Jefferson, quer a Prefeitura de Italva
21/09/2020 16:20 - Atualizado em 21/09/2020 16:43
O primeiro escândalo de corrupção dos governos petistas veio a público em 2005, com as declarações do então deputado federal Roberto Jefferson, atual presidente nacional do PTB, que denunciou a prática da compra de deputados federais da base aliada ao governo federal no esquema que ficou nacionalmente conhecido como “mensalão”. Jefferson foi um dos delatores e também um dos condenados no julgamento sobre o caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Passados 15 anos, o partido de Roberto Jefferson traz um “Mensalão” para as eleições a prefeito de 2020. Em Italva, no Noroeste Fluminense, o empresário Marcos Herique Nuss de Almeida apresentou à Justiça Eleitoral o pedido de registro de candidatura a prefeito com o nome de urna “Marcos Mensalão”.
De longe, apenas como observador, os elementos parecem negativamente sugestivos: um empresário com nome de “Mensalão”, filiado ao PTB de Roberto Jefferson, como pré-candidato a prefeito. É uma situação, no mínimo, atípica. Só o tempo dirá como será a recepção do eleitorado em Italva.
No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde é possível consultar o pedido de registro, o empresário tem uma declaração de bens mais do que modesta. Foi relacionado, apenas, um automóvel (Volkswagen Saveiro 2013), no valor de R$ 25.500. O “Mensalão” de Italva tem a lista de bens abaixo do valor que, como denunciou Jefferson, os aliados do PT recebiam mensalmente, de R$ 30 mil, lá em 2005. A declaração de bens é uma mixaria se comparada ao montante de R$ 56 milhões (segundo o operador Marcos Valério, em valor sem correção) movimentado no esquema que “batiza” o pré-candidato.
O blog abre, desde já, espaço para posicionamento do prefeitável.

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    Arnaldo Neto

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