OMS prevê que pandemia de Covid-19 vai durar muito tempo
- Atualizado em 02/08/2020 16:49
O Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a pandemia da Covid-19 irá durar muito tempo e, por isso, é necessário continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundo. Segundo dados oficiais da OMS, a doença já provocou 675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo. O grupo de cientistas, que se reuniu por videoconferência, avaliou a evolução da pandemia, tendo em conta toda a informação científica que surgiu sobre o novo coronavírus nos últimos três meses, data da última reunião. O Comité de Emergência da OMS é composto por 18 cientistas de vários países.
- A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes - disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Comité, segundo um comunicado da organização.
O responsável fez também um balanço do que tem acontecido, salientando que “muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão agora enfrentando novos surtos, outros que tinham sido menos afetados estão com aumentos de casos e de óbitos, enquanto países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los”.
Recomendações - Entre as principais recomendações que o Comitê de Emergência dirigiu à OMS está a necessidade de continuar a apoiar os países com serviços médicos mais frágeis, bem como a necessidade de continuar a impulsionar as investigações em curso para se encontrar um ou mais tratamentos e vacinas para a Covid-19. O objetivo é que, quando existir uma vacina, os países com menos recursos não fiquem de fora por incapacidade de as comprar. O Comitê defende que a distribuição de vacinas seja a mais equitativa possível.
Atualmente três potenciais vacinas (dos Estados Unidos, da Inglaterra e China) estão na fase três dos ensaios clínicos, para testar a sua segurança e eficácia. A OMS referiu a este propósito que poderá ser possível que uma vacina esteja pronta para comercialização “na primeira metade de 2021”.
Relativamente às viagens, o Comite indicou que os países devem tomar medidas proporcionais e aconselhar os cidadãos em função dos riscos, avaliando as suas informações de forma regular. Por outro lado, recomendou que os serviços de saúde sejam reforçados para permitir a identificação de novos casos e o rastreio de contatos.

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