TRE nega pedido de Wladimir para anular ação por compra de votos em 2018
06/07/2020 17:49 - Atualizado em 30/07/2020 18:38
Wladimir Garotinho (PSD)
Wladimir Garotinho (PSD) / Folha da Manhã
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou pedido do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD) para anular a ação eleitoral na qual ele e o deputado estadual Bruno Dauaire (PSC) são acusados de compra de votos na eleição de 2018.
A defesa de Wladimir alegava que outros três réus na ação, que seriam cabos eleitorais, foram incluídos no processo irregularmente, o que causaria a anulação do processo. No entanto, o desembargador Claudio Luís Dell Orto negou o pedido em decisão monocrática no dia 7 de maio.
“Inicialmente, afasto a alegação de litisconsórcio passivo necessário suscitada por Wladimir Barros. Consoante bem ressaltado no parecer ministerial, a jurisprudência citada pelo investigado já não mais reflete o entendimento da atual composição do egrégio Tribunal Superior Eleitoral, que, em obter dictum, tem sinalizado a necessidade de rever, para as eleições 2018, como é o caso da presente lide, seu antigo posicionamento”, destacou o desembargador na ocasião.
Os advogados do deputado recorreram ao plenário do TRE, mas os desembargadores mantiveram a decisão de Dell Orto, mantendo o prosseguimento da ação.
O Psol e a coligação “Mudar é Possível (Psol/PCB)” acusam os deputados de compra de votos no bairro da Penha, em Campos, nas últimas eleições por meio de cabos eleitorais. Um vídeo que mostraria o momento em que um cabo eleitoral estaria entregando R$ 50 reais a eleitores estaria anexado ao pedido de cassação.
Wladimir já usou as redes sociais para atribuir a abertura do processo aos adversários políticos, dizendo que o Psol é redutos de ex-petistas. Ao falar sobre o PT, lembrou que esse foi o partido do deputado e ex-presidente da Câmara de Campos, Marcão Gomes (PR), a quem classificou como seu maior adversário político. Marcão, por sua vez, disse que o deputado eleito repete a prática do pai, Anthony Garotinho.
Bruno Dauaire também já declarou que "está tranquilo em relação às denúncias, que confia na Justiça e que vai provar a inocência".

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