Reabertura do comércio e eleições na pauta do Folha no Ar com Marcelo Mérida
30/06/2020 07:48 - Atualizado em 30/07/2020 18:30
Marcelo Mérida (PSC)
Marcelo Mérida (PSC) / Folha da Manhã
“Vejo com muita alegria, com muita responsabilidade, a retomada do comércio em Campos. Outros exemplos que tivemos no Estado do Rio de Janeiro foram exitosos, foram vitoriosos. O comércio fazendo seu dever de casa, tomando todos os cuidados, não será o responsável por qualquer avanço que possa haver (da Covid-19)”. A afirmação é do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro (FCDL-RJ), Marcelo Mérida, entrevistado desta terça-feira (30) do Folha no Ar, da Folha FM 98,3. Também presidente do diretório municipal do PSC, partido do governador Wilson Witzel, Mérida, que é pré-candidato a prefeito de Campos, afirmou que sempre teceu críticas aos atrasos do hospital de campanha e, portanto, não se sentiu desconfortável sobre protestar, colando cartazes nas lojas do município cobrando ao prefeito Rafael Diniz (Cidadania) a retomada das atividades comerciais.
Uma preocupação do empresário, que a todo momento ressaltou a vida como prioridade, é que o comércio, depois desse período fechado, com exceção dos essenciais, passe por outras instabilidades. “Não tenho dúvidas que todos se preocuparam em dar o melhor ambiente para que o consumidor possa exercer seu direito de compra com segurança. No Estado do Rio de Janeiro algumas cidades já estão com um processo muito mais avançado. A gente espera, torce, vai trabalhar e fazer a nossa parte para que isso não seja um movimento ioiô, mas que a gente possa estar dando um oxigênio que o setor produtivo precisa para continuar, além de minimizar ou mitigar os impactos desse período em que estivemos fechados”, disse.
Marcelo ainda observou que o agravamento da crise econômica com a pandemia do coronavírus é um fato inquestionável, mas que o país já vinha em recessão há algum tempo. Uma grande preocupação é com relação ao desemprego e ao número de empresas que possam vir a fechar. “Temos números que nos assustam muito, principalmente quando a gente fala da geração de empregos. Dados primário já colocam que 30% do comércio varejista, em seus diversos setores, e alguns serviços não retornam”, falou Mérida, acrescentando que o percentual de lojas e serviços que não retornam no município de Campos deve gerar na mesma faixa.
Ainda de acordo com o presidente da Federação das CDLs, nos municípios que já liberaram o funcionamento do comércio, a circulação do volume de recursos gira na ordem de 60% a 70% do que seria o normal para este período. Mérida observa, também, que a situação pode até se agravar ainda mais, com o fim do auxílio emergencial e outras medidas do governo federal para mitigar os impactos econômicos da pandemia junto aos trabalhadores.
No campo político, Mérida ressaltou que, apesar de ser do mesmo partido, não tem informações diretas do Governo do Estado sobre nenhum assunto, tampouco o hospital de campanha. com relação ao processo de impeachment do governador, afirmou o inteiro teor, mas que o Rio tem "um legado negativo de governadores" e que, se houver qualquer tipo de culpa, os responsáveis têm que ser responsabilizados. No campo municipal, reafirmou estar à disposição do partido e que o momento é o de construção de projetos. 
Confira a entrevista:

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