A defesa do governador Wilson Witzel (PSC) entregou à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) um pedido para suspensão do processo de impeachment contra o chefe do Executivo fluminense.

O advogado Manoel Peixinho, que representa Witzel, alega que não foram incluídos na denúncia os documentos dos inquéritos no Superior Tribunal de Justiça que envolvem Wilson Witzel – e que embasam o pedido de impedimento do governador – e que o rito não foi definido formalmente.

O governador foi citado oficialmente, nessa terça-feira (23), sobre a abertura de processo de impeachment pela Alerj. O procedimento foi recebido pelo advogado, que terá dez sessões parlamentares para apresentar argumentos que derrubem a denúncia.

Na última quinta-feira, os deputados do Norte Fluminense Chico Machado (PSD) e Rodrigo Bacellar (SD) foram eleitos para presidência e relatoria, respectivamente, da Comissão Especial que analisa o impeachment. Além deles, também integram o grupo o macaense Welberth Rezende (Cidadania) e o campista João Peixoto (DC).

A denúncia apresentada pelos deputados Luiz Paulo (PSDB) e Lucinha (PSDB) apontam como possíveis crimes de responsabilidade a compra de respiradores no combate ao coronavírus com suspeita de superfaturamento; suspeita de fraude na construção dos hospitais de campanha, cuja licitação é investigada; suposto vínculo de Witzel com o empresário Mário Peixoto; e o parecer do TCE pela rejeição das contas de 2019 do governo Witzel.