Investigações apertam o cerco
20/06/2020 13:51 - Atualizado em 30/07/2020 18:23
Érica Viana foi presa em Brasília
Érica Viana foi presa em Brasília / Reprodução - Instagram
A semana foi marcada pelo avanço de duas investigações que chegam cada vez mais perto do ciclo familiar e de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em uma delas, a servidora pública campista Érica Viana foi presa alguns dias após a extremista Sara Giromini, líder do grupo “300 do Brasil”, também ser detida. Elas são acusadas de ameaças e injúrias ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na outra ação, o ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz foi preso em Atibaia, em São Paulo.
Ativista apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, Érica também faz parte do grupo “300 do Bra-sil”. Ela atua com auxiliar de turma na Prefeitura de Campos e foi presa durante uma manifestação realizada na porta da Polícia Federal, em Brasília, contra a prisão de Giromini. As ações aconteceram dentro do inquérito que apura possível financiamento de atos antidemocráticos.
Segundo a investigação, elas são suspeitas de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.
No sábado (13), integrantes deste grupo participaram de ato em que manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF. E, em 31 de maio, Sara chefiou uma manifestação com referências a grupos neonazistas e de supremacistas brancos americanos, em frente ao STF.
Queiroz, por sua vez, foi preso no âmbito das investigações do Ministério Público do Rio por um suposto esquema de “rachadinha” dos salários de assessores lotados no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Ele foi encontrado pelos agentes em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
O senador Flávio Bolsonaro disse, por uma rede social, que encara “com tranquilidade os acontecimentos de hoje” e que “mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro”.
Além de Queiroz, sua esposa, Márcia de Aguiar, também é procurada. O ex-assessor foi levado para o presídio de Bangu 8.

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