A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota, neste momento, a abertura de um processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC). O presidente da Casa, André Ceciliano (PT), abriu mão da prerrogativa de decidir sozinho quanto à abertura do processo, colocando à apreciação de todos os parlamentares presentes na sessão virtual. A todo momento, Ceciliano ressaltou que o procedimento “não era um pré-julgamento”, mas sim um “posicionamento para a sociedade”, e que o governador terá espaço para ampla defesa. Ceciliano votou a favor da abertura do processo. A sessão começou por volta das 15h e, até o momento, nenhum parlamentar foi contra.

Da região, já votaram Bruno Dauaire (PSC) e Chico Machado (PSD). Bruno, do mesmo partido de Witzel, disse que o processo será uma oportunidade para o governador mostrar que não tem nada a ver com as denúncias de corrupção na área da Saúde. Chico afirmou que não é momento para pré-julgamento, mas que as explicações são necessárias. Jair Bittencourt (PP) e João Peixoto (DC) também já votaram a favor do processo de impeachment. Também votou a favor o depurado Rodrigo Bacellar (SD).

A abertura do processo de impeachment tem como base as suspeitas de desvio de dos recursos que deveriam ser aplicados no combate à pandemia do coronavírus. Na operação Placebo, o governador e a esposa, Helena Witzel, tiveram os celulares e computadores apreendidos pela Polícia Federal. Eles, entre outros investigados, são acusados de fraude no contrato de R$ 770 milhões para construção de sete hospitais de campanha no estado, incluindo em Campos. Após as denúncias, o governador suspendeu o contrato com o Instituto de Atenção Básica e Avançada em Saúde (Iabas).