Em ano de eleições, está muito mal na fita e não é palanque em Campos
- Atualizado em 01/06/2020 08:34
O poder de votos de Wilson Witzel é desconhecido. O governador elegeu-se em 2018 bafejado pela onda bolsonarista, na qual engajou-se quando aparecia com apenas 1% nas pesquisas de intenção de voto. Witzel, pode-se dizer, foi uma zebra no páreo eleitoral.
Wilson Witzel, um ano e meio depois de sua posse, e a pouco tempo de uma eleição municipal, é atingido pela Operação Placebo, desencadeada pela Polícia Federal devidamente autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça.
E o que resultará a partir do desfecho das investigações? Há gente pessimista quanto à permanência de Witzel no cargo. De qualquer forma, ficando ou não no Palácio Guanabara, o seu desgaste político é forte.
Na verdade, Witzel não tem uma carreira política. Foi eleito governador circunstancialmente. Um lastro político ele poderia construir ao longo do exercício do mandato. Mas não parece ser o caso. Está chamuscado.
O fato é que a Covid-19 atingiu em cheio o governo Witzel. Dos sete hospitais de campanha, apenas três foram entregues. Um hospital, dado como pronto, só tinha as paredes: o equipamento, já pago, não existia. A coisa é feia.
A propósito, a Alerj receberá mais dois pedidos de impeachment de Witzel. E há um entendimento na cúpula da Casa para que, desta vez, um dos requerimentos seja aceito e o processo remetido ao plenário.
Quando as eleições entram em processo de contagem regressiva, o que se pergunta é se Wilson Witzel será palanque para algum candidato a prefeito de Campos. Improvável.
 
 

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    Saulo Pessanha

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