Chico e Bacellar cotados para presidência e relatoria no processo impeachment
Chico Machado e Rodrigo Bacellar
Chico Machado e Rodrigo Bacellar
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) inicia, nesta quinta-feira (18), a primeira sessão do processo de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC). Nos bastidores, os nomes de dois deputados do Norte Fluminense ganharam força para ocupar os principais postos da Comissão Especial. O macaense Chico Machado (PSD) é cotado para presidência do grupo, enquanto Rodrigo Bacellar (SD) é o favorito para assumir a relatoria. Os dois possuem boas relações com o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT).
Ceciliano passou o último feriado prolongado de Corpus Christi na casa de Bacellar, em Campos. Outros deputados da região, como o próprio Chico Machado, Bruno Dauaire (PSC) , João Peixoto (DC), Márcio Pacheco (PSC) e Márcio Canella (MDB), também estiveram com o presidente da Alerj.
Em votação simbólica, por unanimidade, a Alerj decidiu, na última quarta-feira (10), iniciar o processo de impeachment. Witzel disse estar tranquilo e que provará sua inocência. A denúncia que terá prosseguimento, entre os 14 pedidos protocolados na Casa, foi assinada pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB. Leva em consideração o não cumprimento dos mínimos constitucionais nas contas do Governo do Estado em 2019, mas também cita o contexto das suspeitas de desvios de recursos utilizados para o enfrentamento do novo coronavírus, tendo como alvo de investigações o próprio governador.
Apesar da pandemia de Covid-19, André Ceciliano convocou uma sessão presencial para iniciar o processo de impeachment. O objetivo é não abrir brechas para uma possível contestação jurídica por parte de Witzel. A presidência da reunião caberá ao deputado mais velho, no caso, Eliomar Coelho (Psol), que está em quarentena há três meses por fazer parte do grupo de risco.

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    Aldir Sales

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