Índice de isolamento tem queda em Campos
- Atualizado em 29/05/2020 14:55
Com flexibilização, movimento em Campos foi maior
Com flexibilização, movimento em Campos foi maior / Genilson Pessanha
Após atingir um índice de isolamento social entre 60% e 65% na primeira semana de lockdown, Campos registrou uma queda na taxa durante a segunda semana. Segundo a Prefeitura, isso já era esperado, devido a flexibilização, no entanto a avaliação é positiva. O lockdown segue até o dia 1º de junho e uma possível nova prorrogação ainda é analisada. Diferente de outros municípios do Norte Fluminense, Campos foi o único a prorrogar a medida, como forma de prevenir a proliferação do coronavírus.
De acordo com a Prefeitura de Campos, a avaliação da segunda semana é positiva porque onde houve a flexibilização, medidas de prevenção foram tomadas, como uso da máscara, disponibilização de álcool em gel e medidas de distanciamento. A fiscalização continua atuando e as denúncias estão reduzindo na superintendência de Postura e na secretaria de Segurança Pública. Diariamente o Gabinete de Crise avalia medidas com base em análises técnicas e novas reuniões estão sendo realizadas neste sentido, considerando o atual cenário. “As medidas do lockdown foram acertadas pelo prefeito Rafael Diniz, que levou em consideração o aumento do número de casos e a ocupação de leitos disponíveis”, informou o secretário Darcileu Amaral.
Até quinta-feira, Campos registrava 29 óbitos confirmados por coronavírus e 12 investigados; 684 casos confirmados; e 2.018 suspeitos. O motivo principal para o decreto do lockdown foi o índice de ocupação dos leitos de UTI por Covid-19, que chegou a 100%. No último dia 22, a Prefeitura anunciou o aumento do número de leitos do Centro de Controle a Combate ao Coronavirus, que passou a contar com 29 leitos de UTI e 60 clínicos.
Com o lockdown, um dos setores mais prejudicados é o comércio e, em protesto, a Câmara de Dirigentes Lojistas iniciou, no último dia 26, a campanha “Prefeito, apoiamos o combate ao coronavírus, mas não mate o comércio!!!”.
Outros - Em Macaé, o prefeito Dr. Aluizio descartou a flexibilização do comércio até o dia 5 de junho, devido ao aumento da ocupação dos leitos de UTI da rede pública por paciente com coronavírus, que chegou a 66%. O número de casos subiu para 799 e de óbitos aumentou para 27.
Em São João da Barra, o lockdowm foi suspenso após uma semana, mas seguiu com ações restritivas de circulação. A principal mudança é a autorização para o funcionamento presencial, à meia-porta, de parte dos estabelecimentos comerciais e de serviços.
Em São Fidélis, após ordem judicial, o comércio não essencial voltou a ser proibido de funcionar.
Já em São Francisco de Itabapoana, as atividades comerciais só podem funcionar com autorização do poder público municipal, “mediante a lavratura de termo de compromisso assinado pelo seu responsável legal”, garantindo o cumprimento de uma série obrigações.
Em Carapebus e Conceição de Macabu, apenas serviços essenciais estão liberados.
Já em Quissamã e Cardoso Moreira, o comércio está funcionando com medidas preventivas. (M.S.)
Cambuci foi a única cidade do Noroeste Fluminense a adotar lockdown
Dos 13 municípios do Noroeste Fluminense, apenas Cambuci decretou lockdown. Já oito cidades mantém apenas o comércio considerado essencial aberto. Outras quatro cidades, que são Itaperuna, Natividade, Porciúncula e São José de Ubá, flexibilizaram a abertura de setores não essenciais, porém defendem o isolamento social e uso de máscaras.
Em Cambuci, o lockdown entrou em vigor no 16 de maio e tem validade, inicialmente, até este domingo (31). O município registra 30 casos confirmados de coronavírus e 70 suspeitos.
Já o município de Itaperuna, que até quinta-feira (28) contabilizava 4 mortes, 142 casos confirmados e 38 suspeitos de Covid-19, não fechou o comércio, mas o prefeito Dr. Marcus Vinicius defende o isolamento social e pede a colaboração de toda população. “Não estamos lidando com um simples caso de saúde, por isso, criamos medidas para que a população possa se prevenir e os que não são do grupo de risco possam continuar trabalhando de acordo com as medidas de flexibilização do comércio. Se tivermos responsabilidade, comprometimento e empatia, poderemos sim passar por este período sem prejudicar o próximo”, disse.
Em Natividade, que soma 1 óbito, 17 casos confirmados e 11 suspeitos, um novo decreto flexibilizou o funcionamento do comércio não essencial do município, autorizando a operação de lojas em geral e camelôs/ambulantes, no horário compreendido entre 09h e 14h, devendo cumprir as normas e orientações sanitárias e observar as boas práticas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, além de disponibilizar equipamentos de proteção Individual (máscaras de proteção) para uso de seus funcionários e antissépticos à base de álcool 70% para uso de seus funcionários e público em geral. Os bares e restaurantes estão liberados para funcionar, com medidas restritivas.
O município de Porciúncula também não optou pelo lockdown, mas o prefeito Leo Coutinho declarou que a qualquer momento poderá fechar o comércio: “Por enquanto temos mantido o comércio aberto, por entender que o mais importante é o isolamento social. Alguns dias atrás fechamos o comércio e mesmo fechando o comércio, as pessoas permaneceram nas ruas, nos bairros, nas praças, nos mercados e não adianta tomar medidas duras de fechamento do comércio, se as pessoas insistirem em ficar nas ruas”.
Em São José de Ubá foram contabilizados 1 óbito por Covid-19, 40 casos confirmados e 3 suspeitos, a flexibilização na abertura do comércio vale até o dia 31 de maio.
Os municípios que seguem apenas com os serviços essenciais abertos normalmente são: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Laje do Muriaé, Varre-Sai, Aperibé, Itaocara, Miracema e Santo Antônio de Pádua.

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