Com serviços suspensos desde a última sexta-feira (1º), a maternidade da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos será reaberta no próximo dia 18, em esforço conjunto com a Prefeitura. A definição se deu nesta sexta (08), em audiência de urgência presidida pela promotora Anik Assed, da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude em Campos, por meio de videoconferência. Participaram da audiência a secretária municipal de Saúde, Cíntia Ferrini, e a direção da Beneficência Portuguesa.

De acordo com o presidente da Beneficência Portuguesa, Renato Faria, a Prefeitura vai colaborar cedendo sete obstetras plantonistas durante o período de 30 dias. Também vão atuar outros sete profissionais da própria unidade de saúde. Após um mês, haverá nova reunião para avaliar o resultado e definir os passos seguintes.

— Vai ser assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que está sendo preparado pela doutora Anik. O saldo da audiência foi excelente. A gente precisa reabrir. Campos é uma cidade de 500 mil habitantes e que também atende a região. Realmente, (com duas maternidades) a população vai ficar bem melhor assistida — disse Renato Faria.

Na ata da audiência, a promotora Anik Assed informou que, após a reafirmação do desejo de reabrir a maternidade por parte da Beneficência Portuguesa e a ausência de interesse do município em vê-la fechada, propôs acordo visando o restabelecimento dos serviços.

— O período (de 30 dias) foi entendido como fundamental para que a direção do hospital consiga reorganizar sua estrutura de pessoal, promover os acertos de pagamento viabilizados pelo recebimento de verbas que estavam em atraso pelo município e dar continuidade ao atendimento após o término da cessão. Aguarda-se para os próximos cinco dias úteis a montagem do quadro de obstetras que atuarão na unidade, tanto pelo remanejamento dos concursados do município, quanto pelos contratados pela Beneficência, e a reabertura da maternidade no dia 18 — diz a ata.

Na audiência desta sexta-feira, foram discutidas as informações e observações coletadas pela equipe de conselheiras tutelares responsável pela avaliação dos serviços. Elas haviam recomendado o remanejamento de obstetras para a Beneficência Portuguesa, evitando aglomerações no Hospital Plantadores de Cana (HPC).