Pai do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD), o ex-vereador Marcos Bacellar trocou o PDT do pré-candidato a prefeito Caio Vianna pelo Solidariedade do filho. Para o experiente político, o motivo do racha entre Rodrigo e Caio teria sido vaidade por parte do pedetista, mas avaliou que cisão não é boa para os dois lados.

— Acaba sendo ruim para os dois lados essa situação, mas, analisando, Rodrigo pensou na hora certa. Ele é totalmente desprovido de vaidade, não tem nenhuma intenção de ser candidato a prefeito. Os dois (Rodrigo e Caio) começaram a conversar em torno de uma chapa, mas acho que a briga foi por causa de vaidade. De quem ia ficar com o quem. Então, deixa ele (Caio) ficar com a campanha com o pai dele, Wladimir também faz com o pai dele e nós vamos fazer a nossa — afirmou o ex-presidente da Câmara Municipal.

Sobre a mudança de partido, Bacellar disse: “tenho que ficar ao lado do meu filho, por isso me filiei ao SD. Montamos uma nominata para o partido. Não foi fácil, é um desafio grande com o fim das coligações, mas conseguimos”.

Após o racha entre Rodrigo e Caio, o pedetista manteve sua pré-candidatura a prefeito, enquanto o deputado estadual trabalha com três possibilidades: o juiz aposentado Pedro Henrique Alves, recém-filiado ao SD, a ginecologista Cândida Barcelos e o ex-deputado Pastor Éber Silva, ambos do DEM. Além de dos dois partidos, a aliança também conta com PTC e MDB.

— Mais à frente, dois desses serão escolhidos como os nossos representantes como candidatos da prefeito e vice na disputa de outubro. Entendemos que não é momento para vaidades individuais, e sim, de projetos consistentes, sólidos, que tenham compromisso com todas as camadas de nossa sociedade — disse Rodrigo.

Enquanto isso, Caio Vianna (PDT) respondeu na mesma moeda e também convidou um integrante aposentado do Judiciário para compor sua chapa. O desembargador aposentado José Mota Filho se filiou ao PL, partido que está fechado na base de apoio do pedetista. “Ele é uma grande referência, um grande embaixador da cidade e se essa chapa se confirmar, quem ganha é Campos. Cabe a ele a decisão — disse Caio.

Marcos Bacellar também citou que tem uma boa relação com o PV e com o novo presidente Hans Muylaert, que atualmente ocupa o cargo de superintendente de Turismo na Prefeitura de Campos. Porém, até o momento, não há nada além de uma boa relação.

Muylaert, por sua vez, explicou que tem boa relação com Bacellar e com o prefeito Rafael Diniz (Cidadania), mas que não há uma definição. A direção estadual do partido destituiu o antigo presidente Gustavo Matheus da presidência do diretório municipal na última semana, poucos dias antes do fim do prazo da janela partidária. No entanto, Hans explicou que o PV vai montar sua nominata dentro dos nomes já filiados à legenda.