Secretária de Desenvolvimento Humano e Social no Folha no Ar desta segunda
06/04/2020 07:46 - Atualizado em 12/04/2020 15:04
Pryscila Marins falou via Skype
Pryscila Marins falou via Skype / Genilson Pessanha
O papel da secretaria de Desenvolvimento Humano e Social neste período de pandemia do novo coronavírus foi a pauta principal do Folha no Ar, da Folha FM 98,3, que recebeu nesta segunda-feira (6) a responsável pela pasta em Campos, a advogada Pryscila Marins. Ela destacou as ações vinculadas aos moradores em situação de rua, bem como o atendimento a quem enfrenta os reflexos econômicos do isolamento social imposto a diversas áreas como forma de achatar a curva de propagação da Covid-19.
Sobre a atuação junto à população em situação de rua, Pryscila destacou que o papel da secretaria é o de oferta, sem poder obrigar ninguém a aderir aos instrumentos disponibilizados. Segundo a secretária, antes das ações emergenciais devido à pandemia do coronavírus, como a abertura do abrigo no Manoel Cartucho, que já assiste a mais de 40 pessoas em situação de rua, o município já disponibilizava três abrigos: Três abrigos: Casa de Passagem e Lar cidadão, além de uma parceria com o Grupo Espírita Francisco de Assis:
— Reforçamos nossas equipes de abordagem social, com a presença da Defesa Civil e de um profissional da área da Saúde, para que a gente, ao oferecer nossos serviços, também possa identificar possíveis sintomas do coronavírus e encaminhar para rede de Saúde. É importante fazer com que eles entendam a importância de não estar nas ruas.
Na participação dos ouvintes, Pryscila foi questionada pelo fato de decretos determinarem o fechamento de comércios, por exemplo, mas não ter a efetividade de retirar as pessoas que vivem nas ruas para abrigos de forma compulsória. “Aí eu posso te responder como advogada. Como representante de uma pasta de assistência social, a resposta é não. A assistência social não pode esse trabalho de forma compulsória, o nome já diz, é assistência, não pode obrigar. Como advogada, entendo que se a gente chegar a um ponto em que esses moradores em situação de rua estejam se colocando em risco, porque não é causar riscos a terceiros, mas se colocando em risco, nós teremos que ver junto às instituições direito de município, inclusive ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, uma forma de fazer uma internação compulsória sim. Não é uma coisa fácil”, explicou.
A secretária observou o papel de ações de caridade, como a distribuição de alimentos pelas freiras do Mosteiro da Santa Face e que o município tem auxiliado no sentido de organizar as filas para que as pessoas respeitem a distância mínima entre elas.
Para o atendimento aos passam por dificuldades no período de quarentena, Pryscila disse que aguarda a orientação do governo federal acerca das medidas emergências e que os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) Centros de Referência Especializado em Serviço Social (Creas) estão funcionando para atender e tirar dúvidas:
— A gente está esperando o governo federal determinar como será feita essa ajuda de R$ 600, que pode chegar a R$ 1.200 por família. O que a gente sabe é o que todo mundo sabe pela imprensa. Independente da ajuda do governo federal, nós temos os nossos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Os nossos Cras eles não atendem apenas pessoas que já estão cadastradas ou referenciadas. Nossos Cras continuam abertos, no período de 9h às 15h, e toda e qualquer situação de vulnerabilidade social, seja permanente ou transitória, que é o caso que estamos vendo agora com a pandemia do coronavírus, serão tratadas.
A secretária ainda passou uma orientação importante com relação às informações que viralizam, sobretudo, em grupos de aplicativos de mensagem: “A população tem que ter muito cuidado, principalmente em links que chegam por WhatsApp. Não abram esse tipo de link, não faço o cadastro, porque são pessoas querendo roubar dados. Todo vez que pedirem esses dados, verifica no site do Ministério da Cidadania”.
Confira a entrevista:

 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS