Presidente da Conmebol admite possibilidade de retorno dos jogos sem público
Matheus Berriel 03/04/2020 18:14 - Atualizado em 05/05/2020 21:13
Alejandro Domíngues, presidente da Conmebol
Alejandro Domíngues, presidente da Conmebol / Divulgação/Conmebol
Embora exista uma corrente pessimista a respeito da conclusão do calendário do futebol em 2020, devido à paralisação de diversos campeonatos por conta da pandemia do novo coronavírus, o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domíngues, está confiante. Em entrevista à agência Reuters, ele não descartou a possibilidade de jogos sem público quando for possível o retorno dos jogos. Entre os clubes do Rio de Janeiro, o Flamengo defende o título da Copa Libertadores da América, enquanto o Vasco disputa a Copa Sul-Americana.
— Acho que as coisas voltarão ao normal, mas isso vai levar tempo. E é claro que quero ver estádios cheios. Mas, se a forma de ter o futebol de volta é jogar sem torcedores, então é assim que vamos jogar — disse o presidente da Conmebol.
Tanto a Libertadores quanto a Sul-Americana têm como dificultador o fato de as partidas envolverem clubes de diferentes países, fazendo com que o reinício dos jogos dependa da situação em cada um deles.Atualmente, há países com as fronteiras fechadas, o que pode continuar mesmo com a superação interna do coronavírus, como medida para evitar novos casos.
— A Libertadores pode recomeçar quando os campeonatos locais voltarem, embora a capacidade de transporte também seja importante, tendo em vista que a maioria dos países fechou suas fronteiras — comentou Alejandro Domíngues.
Para ajudar os clubes, a Conmebol adiantou o pagamento de parte da premiação relativa à fase de grupos, que foi paralisada com apenas duas das seis rodadas já disputadas.
Em São Januário — O presidente do Vasco, Alexandre Campello, abriu o jogo sobre a preocupação com o futuro. “Se o futebol voltar a partir de maio, nós temos a possibilidade de cumprir com todo o calendário do futebol até o final do ano, entendendo que, em função das férias, as atividades vão avançar pelo mês de dezembro até próximo do Natal. Se, por outro lado, essa paralisação permanecer nos meses de junho ou julho, isso provavelmente trará um impacto muito grande nas competições, com a possibilidade real de perda de receitas”, afirmou Campello.Atletas e funcionários do Vasco ganharam férias até 20 de abril, mas o retorno das atividades vai depender de como estará a situação.
Campello admitiu como uma das possibilidades para tentar diminuir o prejuízo financeiro a redução dos vencimentos de atletas e/ou da comissão técnica. Outras medidas foram citadas: “Estamos trabalhando junto ao poder público com a suspensão de pagamentos de tributos e de obrigações; junto às entidades bancárias pedindo a prorrogação dos prazos, renegociando uma série de compromissos; e estamos tentando buscar receitas alternativas”.
*Com informações do Globoesporte.com e da Agência Brasil.

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