Sindipetro: Suspeita de Covid-19 em sete plataformas na Bacia de Campos
Aldir Sales 22/04/2020 18:53 - Atualizado em 08/05/2020 18:18
Plataforma de petróleo
Plataforma de petróleo / Divulgação / Petrobras
Trabalhadores de pelo menos sete plataformas da Bacia de Campos relataram casos suspeitos de coronavírus em alto mar, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou que 152 petroleiros testaram positivo para Covid-19 no Brasil, mas não informou quantos foram na Bacia de Campos.
No último dia 9 de abril, a ANP divulgou que 34 trabalhadores de uma plataforma entre o Sul do Espírito Santo e Norte Fluminense foram infectados com coronavírus e levados para isolamento em hotéis da Região Metropolitana de Vitória. Um deles mora em Quissamã, que registrou o caso, seguindo orientação do Ministério da Saúde.
De acordo com o Sindipetro-NF, os trabalhadores relataram pessoas com sintomas da doença nas plataformas P-50 , P-26, P-18, P-35, P-20, P-33 e P-62. O sindicato relatou, ainda, que 13 destes petroleiros desembarcaram na terça-feira (21) da P-26.
A ANP relata que 50 pessoas que trabalham em plataformas marítimas apresentam sintomas da doença e que o protocolo de segurança determina o desembarque, além dos sintomáticos, de todas as pessoas que tiverem contato com casos confirmados.
“As empresas vêm diminuindo ao mínimo o número de pessoas a bordo, para reduzir a exposição dos trabalhadores ao Covid-19, e vêm estabelecendo procedimentos de contingência para manutenção das operações de forma segura e em conformidade com a regulação, o que vem sendo acompanhado diariamente pela ANP. Já os procedimentos de quarentena pré-embarque, bem como as alterações na escala de revezamento de pessoal embarcado, vêm sendo fiscalizadas pela Anvisa e pela Secretaria do Trabalho, com o acompanhamento do Ministério Público do Trabalho. Não temos registro de mortes associadas ao COVID-19 dentre profissionais da área”, completou a nota da ANP.
Por outro lado, o coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, questionou as medidas adotadas pela Petrobras. “A diretoria pediu no dia 18 de março uma série de cuidados no embarque e desembarque do pessoal e no dia 25 enviou um novo ofício cobrando a testagem. Os casos que aparecem agora são frutos da forma irresponsável pela qual a empresa trata a saúde dos seus trabalhadores”.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS