Em tempos de recolhimento pela pandemia do novo coronavirus, vou publicar aqui uma divertida história protagonizada pela talentosa Viviane de Aquino quando apresentava o RJ-TV na extinta TV Norte Fluminense.

Esse causo faz parte do livro "A Imprensa de Campos pelo avesso - 400 gafes e pérolas", que lancei em 2006 e está à venda na Livraria Noblesse.

Anos 90. Apresentadora do RJ-TV, edição da tarde, na TV Norte Fluminense, Viviane de Aquino é escalada para um plantão no Carnaval. A tarefa envolve a apresentação na segunda e na terça-feira das duas edições do RJ-TV, incluindo a versão noturna.

Viviane, doida para estar em Atafona, cumpre a sua obrigação profissional. E vai lendo as chamadas, ao vivo, da edição da noite de segunda-feira.

Acaba o RJ-TV e entra a ficha técnica em cima de imagens do desfile de bois pintadinhos, realizado no domingo.

É comum o apresentador trocar um dedo de prosa com o pessoal que fica ali nos estúdios, enquanto, ao fim do jornal, corre a ficha técnica.

E Viviane, vendo a pobreza do desfile em Campos, solta o verbo:

— Infelizmente, amanhã tem mais esta porra — desabafou, referindo-se ao fato de que, no dia seguinte, ou seja, na terça-feira, teria que estar ali novamente para apresentar o RJ-TV.

O que Viviane não sabia é que o áudio ainda estava aberto, por falha do operador. Resultado: a observação dela foi ouvida, em casa, pelos telespectadores.

A reação foi imediata, com muita gente ligando para a emissora. Os protestos chegaram aos ouvidos do diretor-presidente, Alair Ferreira Filho.

Para os que reclamaram, a resposta foi uma só:

— Não vi e nem ouvi. Então, não posso tomar atitude alguma...