Prefeitura de SJB autoriza funcionamento de bancas de jornais e revistas
- Atualizado em 28/03/2020 23:23
Bancas em decreto
A Prefeitura de São João da Barra publicou no Diário Oficial do Município mais um decreto que visa conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, vetor da Covid-19. O decreto 038/20 atualiza medidas temporárias de prevenção ao contágio, com base na Situação de Emergência em Saúde Pública. O novo decreto traz diversas medidas na questão da administração municipal e também para regulamentar o funcionamento de determinados tipos de estabelecimentos comerciais. Bancas de jornais e revistas estão autorizadas a funcionar, depois que o trabalho da imprensa já foi reconhecido pelo governo federal entre os essenciais.
Macaé reforça suspensão
Também nesse sábado (28), a Prefeitura de Macaé prorrogou por 15 dias, a contar de 30 de março, a suspensão das aulas nas redes municipal de ensino, pública e privada, incluindo instituições de ensino superior. A prorrogação de prazo se estende aos servidores públicos municipais idosos, com 60 anos ou mais, gestantes e portadores de doenças oncológicas e/ou autoimunes. Também foi prorrogado, até 6 de abril, a suspensão das atividades laborais no município, nos âmbitos público e privado. No comércio, só podem funcionar farmácias, supermercados, mercados, postos de combustíveis, padarias, bancas de jornais e revistas e pet shops.
Risco para jovens
O coronavírus atinge mais os idosos, mas está longe de ser uma doença leve para os demais. As mortes pela Covid-19 são excepcionais entre os mais jovens, mas “formas graves da doença que resultam em hospitalização, incluindo cuidados intensivos ou morte, podem ocorrer em adultos de todas as idades”, alertam autoridades de saúde americanas em um relatório. O vírus “afeta predominantemente pacientes idosos com comorbidades”, as doenças pré-existentes, lembrou o professor Bruno Riou, responsável do hospital universitário de Paris, após o anúncio da morte da jovem francesa Julie, de 16 anos, na última quinta-feira.
Números mostram
Vale lembrar que “a partir do momento em que há cada vez mais pacientes afetados, há cada vez mais pacientes graves, e mesmo que a população dos mais jovens tenha um risco individual extremamente baixo (...), naturalmente haverá alguns pacientes gravemente doentes entre os mais jovens”, responsável do hospital universitário de Paris. Nos Estados Unidos, a faixa etária entre 20 e 44 anos representa 29% dos casos confirmados, 20% dos pacientes hospitalizados por Covid-19 e 12% dos casos admitidos em terapia intensiva, de acordo com um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
Primeiro, a vida
De repente, não apenas em Campos, mas em outras importantes cidades brasileiras, incluindo algumas capitais, os setores empresariais se levantaram num movimento para que o comércio fosse reaberto esta semana. Na sexta-feira houve uma carreata, com saída da Igreja do Saco em direção a Prefeitura, e outra foi programada para este domingo (29). É compreensível a preocupação dos comerciantes, mas a decisão de pôr um fim ao isolamento social não pode ser tomada de forma precipitada. Primeiro, faz-se necessário deter o avanço do coronavírus, colocar um freio na doença impedindo sua propagação com o confinamento das pessoas em casa.
Exemplos
Mesmo porque há recomendações de autoridades especializadas e da OMS de isolamento. Países como a Italia e a Espanha ignoraram as medidas de prevenção contra a doença e hoje atravessam uma situação de calamidade. Em Milão, logo no início do surto que virou pandemia, o prefeito ignorou a quarentena com a campanha “Milao não para” e hoje se penitencia diante da população que chora seus mortos. O mesmo pode acontecer no Brasil se não houver medidas de prevenção. Depois de controlada a situação, daí se pode pensar na volta das pessoas as ruas, com o funcionamento do comércio. Primeiro, as vidas humanas.
Mais mortes
Nesse sábado, o número de mortes no Brasil subiu de 92 para 114 pela Covid-19, com 3.904 pessoas infectadas. Em meio à crise, o governo Jair Bolsonaro anunciou, em nota à imprensa, tratar-se de “uma mentira, uma fake news divulgada por veículos de comunicação”, e negou a veiculação de campanha contra as medidas de isolamento social intitulada “O Brasil não pode parar”. Uma decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro impede a propaganda neste sentido. O total de pessoas contaminadas no mundo já passa dos 600, com mais de 27 mil mortes.
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