Montagem de hospital de campanha começa nesta quinta
26/03/2020 01:47 - Atualizado em 26/03/2020 01:50
Hospital de campanha
Está previsto para hoje o início da montagem do hospital estadual de campanha para o enfrentamento do coronavírus, em Campos. Como adiantado com exclusividade pelo blog Opiniões, do jornalista Aluysio Abreu Barbosa, a unidade será instalada na área da antiga Vasa, na avenida 28 de Março. A informação foi passada pelo deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), que recebeu a confirmação do próprio Edmar Santos. De propriedade do grupo de supermercados Super Bom, a área tem 9,8 mil metros quadrados. E a empresa contratada pelo Estado para a instalação do hospital precisava de um espaço que com pelo menos 7 mil m2.
Contingência
O Governo do Estado determinou, ontem, o contingenciamento, em caráter emergencial, de R$ 7,6 bilhões, além da suspensão por tempo indeterminado de todas as novas despesas de caráter não essencial, com o objetivo de fazer frente à redução de arrecadação provocada pela pandemia de coronavírus e pela redução do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Em um dos decretos, ficaram preservadas as medidas das secretarias de Saúde, de Polícia Militar e Civil, de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, além do Programa Segurança Presente.
Politicagem
Enquanto o país vive o pavor do coronavírus, o presidente Bolsonaro e o governador João Doria perdem tempo com um bate-boca numa reunião com governadores, onde deveriam buscar soluções para mitigar a crise. Os gestores estaduais encurralaram o presidente diante da crise, as conversas atravessadas começaram azedar o encontro e o tom político prevaleceu. Até que Bolsonaro disparou sobre Dória. “Subiu à sua cabeça a possibilidade de ser presidente do Brasil. Não tem responsabilidade”. Doria não deixou por menos: “Peço ao senhor que tenha serenidade, calma, equilíbrio. O senhor precisa comandar o país”. Não fizeram política, mas politicagem.
Pela vida
Os governadores sabem perfeitamente dos efeitos que virão com uma longa paralisação das atividades econômicas por conta do coronavírus. Reflexos no dia a dia das empresas e dos trabalhadores serão drásticos nos próximos meses. Mas também sabem que não querem pagar para ver as consequências que poderão advir se seguirem as orientações do presidente Bolsonaro sobre o fim do isolamento, considerado essencial para afastar a propagação do vírus. A prioridade tem que ser pela preservação da vida. A economia ficará para um segundo momento, através de uma intervenção do governo e os esforços do setor privado.
Dilema
Seriamente preocupados, microempresários esperneiam diante da ameaça de falências, caso o isolamento social e o fechamento do comércio se prolonguem por muito tempo. Além de contas a pagar, a manutenção de empregados está ameaçada. Com o comércio fechado não há vendas; sem vendas, não há receitas no caixa; sem receitas, não há como saldar compromissos. Por outro lado, mesmo com as medidas restritivas de isolamento social e interrupção das atividades, o vírus avança. De terça até ontem, subiu de 46 para 57 o número de mortes de brasileiros por coronavírus. É o surrado e velho ditado: se correr o bicho pega; se ficar o bicho come.
Zona de confronto
Diante das intervenções de Bolsonaro em assuntos de sua alçada, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estaria demissionário. Entre o tiroteio entre o mandatário e os governadores, Mandetta pediu calma, mas não endossa o discurso de Bolsonaro contra o fim do isolamento social e a reabertura das atividades empresariais. Bolsonaro conta com setores que convergem com seu discurso, como a Confederação Nacional da Indústria, que defende a volta gradual do comércio e da produção industrial. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe o retorno a partir de 7 de abril.
Sofisticação
Afortunada com os robustos repasses dos royalties como parte integrante da Bacia de Santos, Niterói pode se dar ao luxo de combater o avanço do coronavírus com processo de sanitização importado de uma empresa-norte-americana que atua no controle de pragas há 82 anos. A tecnologia para a desinfecção é a mesma utilizada por cidades chinesas no combate ao vírus, que é causador da doença covid-19. A China registrou, nos últimos dias, redução no número de casos da doença. E a explicação está no conjunto de ações tomadas no país, somando a sanitização às ações preventivas como permanecer em isolamento e higienizar as mãos.

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