Witzel afirma que poderá reduzir restrições se não houver auxílio do governo federal
26/03/2020 12:21 - Atualizado em 08/05/2020 18:07
Wilson Witzel
Wilson Witzel
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou, na manhã desta quinta-feira (26), que poderá reduzir as medidas restritivas a partir da próxima segunda-feira (30), caso o estado, que tem 370 casos confirmados e oito mortes pelo novo coronavírus, não receba auxílio financeiro do governo federal. Na região Norte e Noroeste Fluminense, são monitorados 187 casos suspeitos de contaminação pelo vírus.
Em entrevista ao Bom Dia RJ, na manhã desta quinta, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), informou que pode reduzir as medidas restritivas de circulação de pessoas, a partir da próxima segunda-feira, caso o estado não receba auxílio federal.
— Se o governo federal, até segunda-feira, não apresentar algo que dê esperança para que as pessoas possam saber que não vão morrer de fome, que não vão ter um cataclismo nas suas vidas, vai ser muito difícil continuar com essas medidas protetivas porque nós não podemos brigar e pedir para as pessoas ficarem em casa. Nós não podemos pedir para as pessoas ficarem em casa, não podemos falar para as empresas ficarem fechadas se quem tem condições de socorrer, que é o governo federal — e tem dinheiro para isso —, não tomar as providências. A responsabilidade passa a ser deles — afirmou, ressaltando que a postura do governo federal é “irresponsável”.
Witzel ainda complementou que o governo no Estado não pode pedir para “autônomos e pequenos empresários ficarem paralisados se não houver uma sinalização imediata do ministro [da Economia] Paulo Guedes que ele vai colocar pelo menos R$ 500 bilhões na economia — que é a cifra que nós mais ou menos imaginamos que deve ser colocada na economia”.
Medidas protetivas — Desde o dia 16, decretos estaduais e municipais determinaram o fechamento do comércio em todo o RJ, salvo "serviços essenciais", como supermercados e farmácias. O transporte público para a capital está restrito a profissionais destas categorias.
Witzel também proibiu aglomerações, como em festas e em passeatas, e até o banho de mar -- a PM está autorizada a fotografar e cadastrar quem for às praias. Escolas, creches e universidades estão fechadas.
Fonte: G1

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