Pré-candidato a prefeito em SFI, Papinha no Folha no Ar desta quinta
19/03/2020 10:32 - Atualizado em 08/05/2020 17:57
Ex-deputado estadual e ex-vereador de Campos, Antônio Marcos Papinha, que deixou o PSL após a cisão do clã Bolsonaro com o partido e ingressou no Republicanos, diz que sua pré-candidatura a prefeito de São Francisco de Itabapoana é uma alternativa à polarização entre as famílias Barbosa Lemos e Cherene na política local e que, na visão dele, não trouxe nenhum tipo de progresso. Em entrevista ao Folha no Ar, da Folha FM 98,3, ele afirmou, nesta quinta-feira (19), que sua principal luta será passar o município da condição de limítrofe para produtor de petróleo:
— Nós recebemos como limítrofe, não como produtor. E aí, dizem que é uma linha octogonal que corta ali. Mas, nós somos 60 quilômetros de litoral, não podemos admitir isso. Se pegar do Espírito Santo a São Paulo, o único município do litoral que não recebe como produtor de petróleo é São Francisco do Itabapoana. Então, nós estamos com a faca e o queijo na mão. Agora, cadê aquele político para chegar lá e brigar em Brasília?
Papinha fez críticas à gestão da prefeita Francimara Barbosa Lemos (SD) e também ao seu antecessor, Pedrinho Cherene (MDB), ambos também pré-candidatos neste ano. Para o ex-deputado, o município precisa de alternativas fora dessa polarização entre as famílias, que ocorre desde a emancipação, em 1995. “Essas duas famílias vêm predominando no município, até por falta de uma opção. Nós nunca tivemos uma opção. Tivemos Beto, mas foi apoiado pelos Barbosa, porque Frederico foi vice. Então, acho que deu continuidade à polarização da família. (...) A gente está colocando nosso nome como pré-candidato para ser uma opção de verdade. Respeito todas as pré-candidaturas, não sei se todas vão se confirmar nas convenções. E a nossa, como uma via alternativa que o povo tem aceitado muito bem. É o que falo: não adianta a gente trocar seis por meia dúzia”, afirmou.
Para Papinha, a política polarizada no município não rendeu bons frutos: “Nós estamos estagnados, piores do que quando era São João da Barra. Claro que não podemos retroceder, mas, quando era São João da Barra, a gente via o município com um avanço melhor. Hoje, esse crescimento ficou para trás, ficou parado”.
Papinha ainda respondeu um "pinga-fogo sobre os principais nomes do tabuleiro político de SFI:
Francimara: — Como pessoa, maravilhosa. Mas, como gestora, zero.
Pedrinho Cherene: — Pouco relacionamento com ele. Pouca amizade, não tenho muito contato. Como político, não vejo com bons olhos. Não vi um crescimento no período em que ele foi gestor.
Marcelo Garcia (PSDB): — Pessoa muito boa. Mas, também não tenho muito conhecimento dele como gestor. Foi vereador, secretário, mas não tenho muita profundidade nesse âmbito.
José Renato Pontes: — Empresário bem-sucedido. Mas, também, da vida política dele, não sei o passado dele político. Só sei que acho que foi secretário de obras num período do município.
Thaise Manhães (PMB): — Parece que tem um trabalho muito bom na saúde, enfermeira. Tenho ela como uma pessoa, dentro da saúde, muito dedicada à saúde.
Barbosa Lemos (ex-prefeito): — Como foi o primeiro prefeito, deixou um legado que, hoje, pela carência, as pessoas acabam o aplaudindo. Mas, saiu do município com uma situação meio complicada. Todo mundo sabe, até ficou inelegível.
Pedro Cherene (ex-prefeito, falecido em 2009):  — Uma pessoa que foi muito bem-sucedida financeiramente, conseguiu seu patrimônio. O único prefeito que conseguiu sua reeleição. Mas, que também não vi deixar legado nenhum para o munícipe.
Confira a entrevista completa:

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