Presidente do Bahia: "Clubes quebram"
21/03/2020 23:33 - Atualizado em 05/05/2020 21:20
Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, demonstrou preocupação
Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, demonstrou preocupação / Divulgação
No futebol profissional, com suas milionárias despesas, os grandes clubes ficam sem receitas. Sem jogos, sem faturamento. Diante de uma provável crise financeira no futebol brasileiro com a paralisação do esporte por causa do novo coronavírus, Guilherme Bellintani, presidente do Esporte Clube Bahia, participou de um programa no Sport TV deste sábado e analisou os possíveis cenários para os clubes nos próximos meses.
Questionado sobre quanto tempo as equipes poderiam suportar ficando sem partidas para disputar, o presidente traçou duas possibilidades, ambas dependendo da forma como o clube compõe suas receitas.
— Na situação atual, depende muito de como é composta a receita do clube. Se considerar que a TV vai manter contratos, que o campeonato será adiado, mas não cancelado, nem reduzido, considerando que não teria evasão de sócios, de patrocinadores, diria que um clube aguenta dois ou três meses, no máximo. Se essa rede que sustenta o clube for mais frágil, tem clube que não suporta 30 dias — projetou o presidente do Bahia.
É uma situação preocupante, temos que pensar em como ajudar o país a superar essa fase difícil que, tenho certeza, será superada. Temos discutido modelos de contrato, de campeonato, impactos que vamos sofrer para passar por essa fase sem sofrer tanto. Está claro que é algo atípico, inesperado para qualquer clube que se planeja. Vamos ter que ajustar – disse Guilherme Bellintani.
O presidente do Esquadrão de Aço também falou sobre as projeções do próprio Bahia para o ano de 2020, que previam cerca de R$180 milhões de reais de faturamento.
— Nosso projeto de faturamento nesse ano é de R$ 180 milhões, mas acho difícil que chegue em 200 ou até nesses R$ 180 milhões. Dobramos nos últimos dois anos nosso faturamento, pretendemos continuar crescendo. Se for algo rápido essa pandemia, o que não é indicado agora, até conseguiríamos manter o orçamento, mas acho difícil. Haverá queda não só do Bahia, mas de todos os clubes — analisou Bellintani.
Advogado, professor e sócio de uma das principais faculdades de direito da Bahia, Bellintani é um dos mais promissores dirigentes da nova geração do futebol brasileiro. (A.N.)

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