Morreu Paulo Vitor
22/03/2020 02:05 - Atualizado em 22/03/2020 14:04
Faleceu ontem à noite, de parada cardíaca, no Hospital Ferreira Machado, Paulo Vitor Côrtes Lopes, aos 49 anos. Paulo Vitor, ou PV, ou Aranha para os mais próximos, era um profissional de educação física e conhecido professor de natação da cidade, com passagem pelos principais clubes e pela Secretaria de Esportes da Prefeitura de Campos.
Desde novo, Paulo Vitor sempre levou jeito para esportes, fazendo deles um hábito de vida pessoal e profissional, se formando em Educação Física pela Gama Filho. Jogou bem futebol, a nível amador, até ter problemas físicos, ainda novo, nos joelhos.
Ele gostava também de surfar e de pedalar, mas foi na natação que Paulo Vitor se encontrou, tendo ensinado gerações de campistas a nadar, possuindo um jeito especial com as crianças. Era torcedor apaixonado do Fluminense, como toda a sua família. 
O conheci quando era adolescente, pouco depois de conhecer o seu irmão, o hoje competente cirurgião buco-maxilo-facial Luiz Rodrigo Côrtes, que estudou comigo no antigo 2º grau (atualmente chamado de ensino médio), no falecido Colégio PA, cujo imóvel hoje abriga o Edifício Absoluto.
Mais velho, Paulo Vitor era nossa inspiração e referência em várias áreas. Era nosso ídolo no futebol, do qual, depois, acabou virando parceiro de time. Era quem comandava as rodinhas de música com violão, especialmente nos verões de Atafona, embora tocasse as mesmas músicas manjadas de pop rock e MPB.
Nas peladas da finada AABB, que era uma instituição ícone no final da década de 80 e início da década de 90, cada um, adolescentes que eram, assumia o nome de um jogador do seu clube, em inglês. Um certo dia joguei no gol e fui chamado de Bird Richard, nossa "tradução" para o goleiro Ricardo Pinto. Com seu inglês macarrônico, Paulo Vitor passou a me chamar de Bori, apelido que ficou por um tempo.
Paulo Vitor foi quem primeiro casou, com Janaína Macedo, hoje ex-esposa, com quem teve dois lindos filhos, Paulo Vitor Filho e Luisa Macedo. Foi um grande parceiro de muitos verões, muitos carnavais, muitas aventuras, comuns à adolescência e à juventude, e algumas "roubadas", umas que eu o coloquei e outras que ele me colocou. Mas em todas esteve sempre junto, até o final.
Ele era dono de um coração puro, sempre bastante calmo. O tempo se encarregou de nos afastar no dia a dia e com o passar dos anos nos encontrávamos pouco, cada um com as suas atividades, com a sua família. São os caminhos que, às vezes, nos levam a perder o contato com os amigos que amamos como irmãos, embora o sentimento fique intocado.
O velório será realizado na Capela do Caju e o enterro no Cemitério do Caju, com todas as restrições impostas pela pandemia do coronavírus, em especial cuidado aos seus pais, Tios Iran e Beth. Transmito aqui os meus sentimentos a eles, aos filhos de Paulo Vitor, a Luiz Rodrigo e a todos os demais familiares.

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    Christiano Abreu Barbosa

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