Pandemias: coronavírus e fake news
23/03/2020 22:42 - Atualizado em 23/03/2020 22:58
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O crescente número de casos do coronavírus no mundo se alia a outro fato já existente: as fake news. Poderosas, sedutoras, comoventes, as notícias falsas por onde passam acabam mexendo com as emoções humanas e  criam cicatrizes sempiternas.
Diferentemente do coronavírus, as fake news já desfilam pelo mundo há algum tempo, influenciando até em eleições. Ganhou destaque mundial, inclusive, no pleito presidencial americano de 2016. Desde então, vem sendo alvo de preocupação mundial por seus diversos efeitos que podem trazer ao Estado e, consequentemente, à sociedade.
Apaixonada pela psicologia do medo, as fake news fazem um par perfeito com o coronavírus. Prova disso, foram os diversos áudios disseminados Brasil afora distorcendo a realidade dos fatos, causando ainda mais pânico em pessoas que já sofrem dessa enfermidade. Uma tremenda irresponsabilidade ou, senão, pura maldade.
Por sorte, existe a imprensa de qualidade, que, apesar de inúmeras vezes ser atacada, resiste e leva à população informação fidedigna. Entretanto, a pós-verdade – apelo a emoções que sobrepõem os fatos objetivos -, na maioria das vezes, atinge um maior número de pessoas. Em certas situações, ainda são respaldadas por “personalidades públicas”.
Não obstante do tempo que já está em circulação, grande parte da população ainda não adquiriu os anticorpos necessários para deter as fakes news, muito menos o coronavírus. Alguns remédios ou vacinas já foram testados contra as notícias falsas, mas sem efeito, enquanto para o novo vírus que assola o mundo estão em fase de testes. Para um mundo salutar, espera-se a solução para ambas as mazelas.

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    Frederico Monteiro

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