Montepulciano, uma Uva Ícone e o Vinho Panizzon
COLUNA DE VINHOS
João Ricardo Rodrigues
Dando sequência a nossa série de artigos sobre uvas italianas em solo brasileiro, hoje veremos uma uva ícone da região central da Itália e que as vezes causa algumas dúvidas devido ao seu nome.
Vamos lá !!!

A Uva
Montepulciano é o nome de uma variedade de uva vinífera tinta, nativa da Itália, cultivada com destaque na região de Abruzzo onde são elaborados os famosos vinhos Montepulciano d’Abruzzo, pode ser encontrada também em Puglia, Molise e Marches, sendo a segunda tinta mais plantada na Itália, depois da Sangiovese.

Não devemos confundir o nome da uva com a cidade de Montepulciano na Toscana, que é também é produtora de vinhos. Nesta cidade é feito o Vino Nobile di Montepulciano DOCG, que não é feito com as uvas Montepulciano, como o Montepulciano D’Abruzzo DOC.

Da Montepulciano são elaborados vinhos varietais e de corte (normalmente combinada com às uvas Sangiovese e Syrah) que apresentam sabor leve, baixa acidez, taninos suaves e coloração escura e densa, os aromas mais frequentemente encontrados nesses vinhos são de cereja, amora preta, notas de cacau e tabaco.
Geralmente são vinhos para se consumir ainda jovens, porém também podemos encontrar exemplares de guarda com a capacidade de envelhecer por décadas.

As harmonizações se dão com pratos mais encorpados como guisados, carnes de cordeiro ou de porco, massas que apresentem molhos vermelhos e temperos fortes são ótimas escolhas.

A Montepulciano é encontrada em diversas partes do mundo como, Nova Zelândia, Estados Unidos, Austrália, e no Brasil onde tem encontrado terroirs na Serra Gaúcha e Catarinense onde está ainda em fase experimental.

A Vinícola
Foi em 1960 que Ricardo Panizzon e seus filhos decidiram apostar em sua produção própria de vinhos. Com vasta experiência como fornecedores de matéria-prima para vinícolas da região, a família Panizzon teve a visão empreendedora de investir em um novo negócio. E foi a partir deste importante passo que nasce a Sociedade de Bebidas Panizzon Ltda., surgida e instalada até hoje no Travessão Martins, interior de Flores da Cunha, e atualmente capitaneada pela terceira geração da família.
Até 1990, as atividades da empresa se concentravam na produção de vinhos de mesa. Em 1991, inicia-se a produção de vinagres, sob a marca Rosina, em homenagem à nona Rosina, esposa do fundador Ricardo. Ainda na primeira metade da década de 90, a Sociedade amplia seu mix de produtos com o lançamento de bebidas quentes e vinhos compostos.

Com o aquecimento do mercado e a grande demanda por novos produtos, em 1999 a Panizzon lança seus primeiros vinhos finos e, em 2002, passa a fazer parte também do nicho de espumantes finos. Mas foi no ano 2003 que a empresa ampliou ainda mais sua atuação, apresentando ao mercado linhas de vinagre balsâmico e suco de uva. Um marco no setor produtivo da Panizzon foi a implementação de técnicas, equipamentos e infraestrutura de última geração aplicada na produção de suco de uva concentrado, no ano de 2006.
Os vinhedos Durans são o berço da produção das uvas dos Vinhos Panizzon. A produção de vinhos e espumantes realizada a partir de vinhedos próprios é garantia de excelência, devido ao controle rigoroso de qualidade que é feito desde o plantio, que é realizado em espaldeiras. Esses diferenciais únicos garantem reconhecimento aos Espumantes e Vinhos Finos Panizzon, premiados em concursos nacionais e internacionais.

Analúcia-João Ricardo


A vinícola possui uma loja que oferece degustaçãoe visitação (com agendamento prévio de uma semana), além de diversos produtos relativos ao mundo do vinho, souvenirs, acessórios, entre outros. Um roteiro recomendado para quem estiver visitando Flores da Cunha.

 
 
 
 
 
Analúcia-João Ricardo

Informações e fotos obtidas no site da vinícola, www.panizzon.com.br

O Vinho
Panizzon Montepulciano, safra 2019

Analúcia-João Ricardo

Cor: vermelho violáceo intenso, brilhante e límpido;
Aromas: frutas negras, amoras, framboesa, chocolate e tabaco. Precisa de um tempo na taça para abrir os aromas;
Na boca: se mostrou estruturado, com bom corpo, taninos macios com acidez elevada e com boa persistência.
Temperatura de Consumo:entre 14 e 18 graus;
Safra:2019;
Região: Serra Gaúcha - Altos Montes(Flores da cunha);
Graduação Alcoólica: 12,5%;
Média de Preço: R$ 35,00 e R$ 50,00;
Tempo de Guarda: 5 anos.


Harmonização Ossobuco e polenta
Analúcia-João Ricardo

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    Nino Bellieny

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