Entrevista de Rafael à Folha FM viraliza nas redes
- Atualizado em 05/02/2020 08:07
Rafael no Folha no Ar
A entrevista de Rafael Diniz (Cidadania) à Folha FM 98,3 na manhã de ontem (04), gerou muita participação. Antes, durante e depois do Folha no Ar 1ª edição. Tanto em elogios à franqueza do prefeito, que deu números à crise financeira do município e reafirmou sua pré-candidatura à reeleição em outubro, quanto em cobranças e críticas a algumas das suas posições. Através do grupo de WhatsApp do programa, pautas como o atraso do pagamento dos RPAs foram aproveitadas. Com interação intensa dos ouvintes e telespectadores em comentários pelo streaming do programa na página da rádio mais ouvida de Campos no Facebook.
Repercussão
Depois de encerrado a entrevista, ela continuou gerando repercussão no WhatsApp. Sobretudo na questão dos hospitais contratualizados. Presidente do sindicato que os reúne, Frederico Paes foi citado no programa. Primeiro de maneira velada pelo prefeito, que questionou a cobrança de diálogo com o setor. Lembrado pela bancada do programa que quem cobrou foi Frederico, nesta mesma coluna, em 22 de janeiro, Rafael respondeu dizendo que “dialogar não significa sempre dizer sim”. Depois, pelas redes sociais, o líder dos hospitais contratualizados citou pontos de divergência com o chefe do Executivo goitacá.
Hospitais (I)
Sobre a questão do diálogo, Frederico confirmou o contato informal que teve com Rafael, citado por este na entrevista. Mas disse que “os hospitais não foram recebidos em outubro, depois de muita insistência, pelo prefeito. De lá para cá não tivemos mais nenhuma reunião formal para tratar do pagamento atrasado dos hospitais. O para frente, a gente está disposto a repactuar. Mas continuamos a atender à população e sem receber. O que está para trás, qual é o cronograma de pagamento? A questão do para frente, como ele mesmo propôs, deve ser resolvido a quatro mãos. Mas a gente não é chamado para conversar”.
Hospitais (II)
Quem também questionou as declarações do prefeito foi o médico Geraldo Venâncio. Diretor do Hospital Escola Álvaro Alvim e ex-integrante do governo municipal Rosinha Garotinho (hoje, Pros), ele ressalvou que as verbas federais do SUS, que passam pela Prefeitura aos hospitais contratualizados “são um mero repasse, que nada tem a ver com o tesouro municipal”. Outro médico, Cléber Glória, diretor da Santa Casa de Misericórdia de Campos, disse que “quando fala que em 2019 realizou mais repasses dedo que no ano de 2018, o prefeito simplesmente soma valores de recursos federais e estaduais a essa conta”.
Resposta
Assessora de comunicação da Prefeitura, a jornalista Suzy Monteiro explicou as declarações de Rafael à rádio: “Em momento algum o prefeito fala que fez mais repasses municipais em 2019 do que em 2018. Ele afirma que, mesmo com o atraso, houve mais repasses no ano passado do que no ano anterior. Longe de política, isso é de fácil comprovação. Santa Casa: R$ 33.608.385,20 em 2018 e R$ 42.952.232,35, em 2019. Plantadores: R$ 38.572.636,79 em 2018 e R$ 38.755.685,61, em 2019. Álvaro Alvim: R$ 23.173.724,41 em 2018 e R$ 29.837.657,33, em 2019. Beneficência Portuguesa: R$ 23.820.074,22 em 2018 e R$ R$ 34.331.202,19, em 2019”.
Análise
Quem também se manifestou no grupo de WhatsApp do Folha no Ar foi o delegado Pedro Emílio Braga, titular da 146ª DP. Sem ligação com nenhum grupo político, ele analisou a participação do prefeito na Folha FM: “Excelente a entrevista de Rafael Diniz. Pessoalmente, enquanto gestor tanto na esfera pública, quanto privada, é gratificante ver um chefe do Executivo falar em números, custos, despesas, receitas e, principalmente, da decorrente austeridade que se impõe ao município pelo atual estado das coisas. Tudo sem politicagem barata e ataques eleitoreiros, mas com técnica e transparência. O único projeto é este”.
Advertência
Pedro Emílio foi além na análise da entrevista de Rafael, conjecturando sobre o futuro que as urnas de outubro determinarão a Campos: “Uma eventual sucessão que nos conduza pelos caminhos da antiga política, que pensa no hoje, ignorando as consequências no amanhã, certamente redundará na derrocada total da cidade. Rafael chega ao final da sua administração se preservando, em muitos aspectos, como o ‘novo’ que se propôs ser. E paga por isso, como ele bem sabe. Mas segue firme fazendo o que pode ser feito, no interesse da cidade e da população. Acreditar em milagres é para os ingênuos ou os mal-intencionados”.
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