Morre o ex-técnico Valdir Espinosa, aos 72 anos
27/02/2020 11:19 - Atualizado em 24/03/2020 18:34
Valdir Espinosa morreu nesta quinta
Valdir Espinosa morreu nesta quinta / Vítor Silva/Botafogo
Morreu nesta quinta-feira, aos 72 anos, o ex-treinador e ex-jogador Valdir Espinosa. Ele passou por cirurgia no abdômen no último dia 17 e teve que ser novamente internado no dia 20, mas não conseguiu se recuperar. Desde o procedimento cirúrgico, precisou se ausentar dos trabalhos diários como gerente técnico do Botafogo, clube onde foi campeão estadual invicto em 1989, como treinador, encerrando um jejum de 21 anos sem títulos do Glorioso. Também comandou à beira do campo vários outros grandes clubes brasileiros, entre eles o Flamengo, o Fluminense e o Vasco. Pelo Grêmio, foi campeão da Libertadores da América e do Mundial de 1983.
Autor do gol do primeiro título de Libertadores do Tricolor gaúcho, o ex-jogador César Martins, que atuava como atacante, falou sobre a morte de Valdir Espinosa e da relação que tinha com ele.
— Estou muito triste, de luto. Gosto muito do Espinosa, era quase da família. Tínhamos pouco contato atualmente por eu morar no interior, longe da capital. Mas, fiquei muito triste com a notícia. Ele foi meu treinador durante todo o período em que estive no Grêmio. Era o técnico na Libertadores e foi o nosso líder durante toda aquela campanha — disse César, natural de São João da Barra, onde reside atualmente.
— Mais que um treinador, era como um pai. Espinosa tinha momento para tudo: para rir, conversar, cobrar, jogar... — contou.
Muito ligado ao Botafogo, Valdir Espinosa usou seu perfil no Facebook no último dia 20 para agradecer ao técnico Paulo Autuori por ter sido lembrado, na véspera, após a classificação alvinegra na Copa do Brasil, passando pelo Náutico na segunda fase.
— Acompanhei ao jogo do Botafogo ontem e sofri, mas com a certeza da classificação e da luta deste grupo! Muito grato ao Paulo por dedicar-me a classificação — publicou na ocasião.
Entre outras conquistas, Valdir Espinosa tem em seu currículo como treinador a Taça Rio de 1989 pelo Botafogo; o Campeonato Gaúcho de 1986, também pelo Grêmio; o Campeonato Cearense de 1980, pelo Ceará; o Brasiliense de 2005, pelo clube homônimo; o Supercampeonato Paranaense de 2002, pelo Athletico; dois Campeonatos Paraguaios, em 1987 e 1992, ambos pelo Cerro Porteño; e o Campeonato Saudita de 1985, pelo Al-Hilal. No Flamengo, venceu o Torneio de Verão de Nova Friburgo, em 1990. Como coordenador técnico, em nova passagem pelo Grêmio, conquistou a Copa do Brasil de 2016.
Nesta quinta, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) divulgou nota de pesas pela morte de Espinosa. (M.B.) (A.N.)

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