PRF reforça ações na região para o Carnaval
18/02/2020 21:22 - Atualizado em 18/02/2020 21:23
Iuri Guerra participou do Folha no Ar
Iuri Guerra participou do Folha no Ar / Genilson Pessanha
“As pessoas têm muito mais medo da multa do que da morte”. A afirmação é do assessor de comunicação da delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Campos, inspetor Iuri Guerra, ao falar da resistência que alguns motoristas apresentam quanto as regras de trânsito. Entrevistado desta terça-feira (18) do Folha no Ar, da Folha FM 98,3, ele comentou sobre as ações especiais da PRF durante a temporada de verão e a preparação para a operação de Carnaval, com o movimento mais intenso a partir de sexta-feira. Guerra ainda falou sobre as principais mudanças no perfil dos motoristas, como a adaptação ao uso do cinto de segurança e compreendendo que álcool e direção não combinam. Aliás, sobre este assunto, o inspetor foi incisivo: “Quem bebe e dirige é criminoso”.
Para o período de verão e Carnaval, Iuri disse que a PRF prepara um esquema especial para o trecho campista da BR 101, além do trecho entre Campos e São João da Barra da BR 356. Também na BR 356, mas entre Campos e Itaperuna, a atuação da PRF é mantida. No entanto, não há um reforço do efetivo:
— Quando chega essa época de verão, principalmente no trecho Campos e São João da Barra, ocorre um aumento na fiscalização. E isso é muito compreensível. No período de verão, o movimento cai muito no trecho Campos e Itaperuna. E onde aumenta? Na Campos-SJB.
O inspetor afirmou que a delegacia campista da PRF já está com radares móveis para atuar no Carnaval, mas salientou que mais importante do que se preocupar com as sanções possíveis por infringir as regras de trânsito é preservar a própria vida e de quem mais transita pelas rodovias. “Estamos com os radares (móveis) na delegacia. As pessoas têm muito mais medo da multa do que da morte”, disse.
Iuri lembrou que atua na PRF em Campos há cerca de 20 anos e nota algumas mudanças. Ele recordou que a prática de rachas entre motocicletas era recorrente no passado, mas veio diminuindo ao longo do tempo: “Há cerca de 10 anos, tinha a situação dos rachas de motocicletas nas rodovias. Não é que acabou, mas reduziu consideravelmente. Para fazer isso teve de ter prisões — prisões mesmo, nós conseguimos configurar em alguns momentos o crime, porque tinha droga envolvida —, muitas mortes, infelizmente, e muitas punições no sentido de recolhimento de motocicletas. Hoje, o racha está relegado a condição que merece, que é a exceção. E isso se dá em diversos aspectos”.
A perigosa combinação entre bebida alcoólica e direção também esteve em pauta, lembrando inclusive que o condutor encontrado nessa situação pode ser preso. “Bebida e direção é algo feio, infração de trânsito, mas também é crime. Você pode ser trabalhador, batalhador, boa pessoa, frequentador de igreja, mas se você bebeu e dirigiu, você é um criminoso. Ainda que você não seja flagrado pela polícia, está cometendo um crime”.
Confira a entrevista completa:

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    Arnaldo Neto

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