Armando Carneiro é pré-candidato e quer união da oposição em Quissamã
14/02/2020 20:37 - Atualizado em 14/02/2020 21:54
Armando Carneiro participou do Folha no Ar
Armando Carneiro participou do Folha no Ar / Genilson Pessanha
Armando Carneiro vai se filiar ao PSC do governador Wilson Witzel e se lançou pré-candidato a prefeito de Quissamã, posto que já ocupou entre 2005 e 2012, no pleito deste ano. Essas foram algumas das afirmações feitas por ele durante entrevista ao Folha no Ar, da Folha FM 98,3, desta sexta-feira (14). Ex-presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), ele também comentou sobre a situação da região com a possibilidade de redistribuição dos royalties, na pauta de 29 abril do Supremo Tribunal Federal (STF), falou em alternativas para diminuir a dependência dos royalties, além de críticas à atual pre-feita de Quissamã e pré-candidata à reeleição, Fátima Pacheco (DEM). Armando ainda disse que busca entendimentos com a “oposição genuína” para que haja apenas uma candidatura contra a máquina, saindo como cabeça de chapa o mais bem posicionado nas pesquisas.
Com relação ao seu grupo político, Armando confirmou que o pré-candidato será ele e nenhum dos processos que enfrenta o deixaria inelegível para o pleito deste ano, não o impediram de ser candidato a deputado estadual pelo PV em 2018. Nos bastidores, há quem aposte que o grupo posso lançar a esposa de Armando, vereadora Alexandra Moreira (PSC), o que foi descartado por ele. “A gente fez levantamentos, pesquisas internas e chegamos à conclusão de que o melhor nome para enfrentar a máquina é o meu. A Alexandra vai buscar a reeleição como vereadora”, afirmou.
Contudo, Armando diz que a oposição busca um diálogo para o pleito deste ano. “Existem outras pré-candidaturas postas no município. E com algumas delas a gente está conversando. Em um município pequeno, com a máquina forte, se você dividir a oposição valoriza a máquina. Estaremos avaliando e, lá na frente, quem estiver com o potencial maior será o candidato da oposição”.
Ex-presidente da Ompetro, Carneiro demonstrou otimismo com o julgamento no STF, nos argumentos jurídico, mas preocupação caso a partilha aconteça. “O Estado do Rio de Janeiro é totalmente dependente dos royalties. Essa questão que está para ser analisada no dia 29 de abril é crucial, principalmente para o Estado do Rio. A partilha, do jeito que foi aprovada em 2012, é um caos total para o Rio”, disse. Ele ainda lembrou que a possível partilha não resolve os problemas de outros estados e municípios, mas pode quebrar os produtores.
Apesar de reconhecer a queda na arrecadação de royalties, Armando faz críticas à prefeita Fátima Pacheco e argumenta que não há tentativa, na opinião dele, de diversificar a economia do município para sair da dependência dos recursos de petróleo. Carneiro disse que projetos iniciados em sua gestão foram abandonados, citando como exemplo o Complexo Farol-Barra do Furado, e pontuou a diferença nos perfis dele e da prefeita:
— As nossas posições políticas com relação à cidade são completamente divergentes. Nós buscamos uma política voltada para o desenvolvimento da cidade e ela tem um a política mais assistencialista. Nossa política é mais de atração de empresas. Fizemos o plano diretor do município, entre 2005 e 2006, e perguntamos a cidade que o quissamaense queria. E o resultado foi tirar a dependência do petróleo. E Quissamã vive, hoje, em função do petróleo. Nós criamos zonas especiais de negócios, o projeto de Barra do Furado, uma articulação muito difícil. Tivemos polo de confecção e fomentamos o desenvolvimento para sair da dependência dos royalties.
Confira a entrevista completa:

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    Arnaldo Neto

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