Secretário de Cultura faz discurso semelhante à era nazista e será exonerado
17/01/2020 11:48 - Atualizado em 19/02/2020 16:37
Divulgação - Secretaria Especial de Cultura
Um discurso feito pelo secretário especial da Cultura do governo Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, foi divulgado nessa quinta-feira (16) e rendeu várias polêmicas. O texto foi atribuído a uma fala do ministro de Adolf Hitler da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, antissemita radical e um dos idealizadores do nazismo. Por conta do discurso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), pediu, nesta sexta-feira (17), o afastamento de Alvim do cargo. Segundo a colunista do jornal O Globo, Míriam Leitão, o secretário Roberto Alvim será exonerado, cuja decisão foi tomada pelo presidente Bolsonaro após análise dos fatos.
Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a "arte alemã da próxima década será heroica" e "imperativa", Alvim afirmou que a "arte brasileira da próxima década será heroica" e "imperativa". Na manhã desta sexta-feira (17), Alvim afirmou em post no Facebook que a semelhança entre as frases foi "apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica".
Para Rodrigo Maia, a posição do secretário especial é "inaceitável". Em seu perfil no Twitter, o presidente da Câmara postou a seguinte frase ao compartilhar uma reportagem sobre o discurso de Roberto Alvim: "O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo".
A fala de Roberto Alvim foi repudiada por vários grupos sociais, inclusive pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). Em nota, a Conib considerou "inaceitável o uso de discurso nazista pelo secretário da Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim". "Emular a visão do ministro da Propaganda nazista de Hitler, Joseph Goebbels, é um sinal assustador da sua visão de cultura, que deve ser combatida e contida", segue a declaração da instituição.
Com informações do G1 e O Globo

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