Estado confirma 64 mortes por chikungunya em 2019
Camilla Silva 17/01/2020 14:46 - Atualizado em 21/01/2020 17:24
Aedes aegypti
Aedes aegypti / Supcom
A superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria estadual de Saúde confirmou 64 mortes por chikungunya em 2019 no Rio de Janeiro. Na região, óbitos foram registrados em Macaé, Bom Jesus do Itabapoana e Italva. O Norte Fluminense, com 13,77% do total de casos, e Noroeste, com 12,71%, concentraram maior incidência da doença fora da capital. Em todo ano, foram realizadas 86.187 notificações de chikungunya no estado, desses, 8.362 casos ocorreram em Campos. Mesmo com menor ocorrência e sem nenhuma vítima fatal em decorrência da doença no último ano, estudo do órgão aponta alto risco de uma nova epidemia por dengue no estado em 2020, em especial naquelas regiões onde já se detectou o sorotipo 2.
Das mortes confirmadas no estado em 2019, 47 foram de residentes na capital, uma em Bom Jesus do Itabapoana, uma em Cabo Frio, duas em Duque de Caxias, uma em Italva, duas em Macaé, uma em Mesquita, duas em Nova Iguaçu, uma em Paraíba do Sul, uma em São Gonçalo, três em São João de Meriti e uma em Três Rios. O endereço de uma das vítimas não foi informado.
Dengue — Até 9 de dezembro de 2019, foram notificados 32.321 casos de dengue no estado. Eles concentraram-se na capital (54,45%), seguida pela região do Médio Paraíba (12,98%). Campos teve apenas 14 confirmações da doença em todo o ano passado. Nesta semana, a secretaria de Estado de Saúde fez um alerta: o sorotipo 2 da dengue, responsável pelas grandes epidemias no Brasil, em 2007, 2008 e 2009, deve voltar a circular entre a população fluminense neste verão.
De acordo com o médico da secretaria Alexandre Chieppe, embora os sinais e sintomas de todos os quatro sorotipos sejam os mesmos, a previsão é motivo de preocupação. O diretor do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), Luiz José de Souza, já havia chamado atenção para o fato de que este tipo é mais virulento e chega com mais facilidade a crianças.
Aedes aegypti — O ano de 2019 teve temperaturas mais altas e registrou chuvas acima da média, uma combinação perfeita para o mosquito. Em Campos, o resultado do Levantamento rápido de índices para Aedes aegypti (LIRAa) começou baixo neste ano. Em fevereiro, o índice estava em 1,2%, no entanto, em maio o valor havia subido para 4,4%. Em agosto, foi registrada uma queda para 2,8%, que aumentou para 3,0% em outubro.
Em geral, são realizados quatro levantamentos por ano, em períodos determinados pelo Estado. As cidades são consideradas em situação de risco quando atingem a marca de 4%; em alerta, com o índice entre 1% a 3,9%; têm índices satisfatórios quando o valor é inferior a 1%.
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campos informou que ações de combate ao mosquito Aedes aegypti são realizadas durante o ano todo, com agentes visitando as residências e carro fumacê, quando necessário. Na primeira semana de fevereiro, será realizado o primeiro LIRAa de 2020, que irá nortear as equipes para este ano.
“A orientação é que a população continue vigilante e realizando ações preventivas, paralelas às ações do CCZ, como não manter pneus em áreas sem cobertura, garrafas e outros objetos que possam criar focos do mosquito Aedes aegypti. A maior parte dos focos do mosquito é encontrada nas residências habitadas e em quintais, por isso, é fundamental a participação da população reforçando as ações do poder público”, alertou.

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