Calçadas representam perigo aos pedestres
Virna Alencar 09/01/2020 08:56 - Atualizado em 14/01/2020 16:13
Pedestres reclamam da insegurança nos passeios
Pedestres reclamam da insegurança nos passeios / Genilson Pessanha
As calçadas no Centro de Campos têm dificultado a mobilidade de pedestres, que diariamente precisam desviar de buracos, pavimentação quebrada, postes, raízes de árvores, além de barracas de ambulantes e mercadorias de lojistas. Entre os pontos mais críticos, estão as ruas Voluntários da Pátria, Barão do Amazonas e João Pessoa, que são de grande movimentação, tanto de pedestres quanto de veículos. Em nota, a Prefeitura de Campos informou que ações para a recuperação das calçadas estão sendo intensificadas dentro do projeto Viva o Centro. Sobre os comerciantes que se aproveitam das calçadas para exporem seus produtos. A superintendência de Postura informou que estabelecimentos estão sendo notificados e, em alguns casos, já existe ação no Ministério Público.
Na rua Voluntários da Pátria, o pecuarista Mário Bittencourt Neto, de 85 anos, contou que reside em um local privilegiado, próximo a um hospital na área central e, por isso, prefere poupar o carro e caminhar. No entanto, ele citou os riscos presentes nas calçadas, que deveriam manter a segurança dos pedestres.
— As calçadas são desniveladas e, se durante o dia é um perigo passar por elas, à noite, com pouca visibilidade, a situação é ainda pior. O órgão Postura deveria notificar os proprietários a concertarem as calçadas, sob pena de multa. Elas se tornam um perigo constante principalmente para crianças e idosos — disse.
Já na rua Barão do Amazonas, o aposentado Gelson dos Santos, de 65 anos, que tem dificuldade de locomoção, apontou a quantidade de lixo e bueiros abertos, que levam os pedestres a deixarem as calçadas e se arriscarem do outro lado da rua por onde trafegam os veículos. “Moro no Aeroporto e, mesmo com dificuldades para andar, preciso vir ao Centro para pagar contas e resolver outras questões. Mas não é fácil andar pelo Centro. Nessa rua, passa muita gente e, além do grande fluxo de pessoas que passam pela calçada, muitos são os desafios e, por isso, muita gente divide a rua com os carros. Mas eu, que já ando devagar, prefiro permanecer na calçada e redobro a atenção para não cair porque já quebrei um fêmur”, declarou.
Na rua João Pessoa, uma das estratégias utilizadas por comerciantes para atrair os clientes é expor mercadorias na frente do estabelecimento. O problema é que elas também se tornam obstáculos e tiram a mobilidade dos pedestres.
Em nota, a secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que vem recuperando calçadas de pedra portuguesa em vários pontos da área central do município e tomando outras providencias pontuais para melhorar a mobilidade, ações que foram intensificadas dentro do projeto Viva o Centro. Em relação ao piso tátil, foram feitas intervenções em acordo com o Ministério Público para proporcionar maior segurança. Equipes irão aos locais indicados para avaliar a possibilidade de intervenção.
A superintendência de Postura informou que estabelecimentos estão sendo notificados e, em alguns casos, já existe ação no Ministério Público. Nos estabelecimentos que passaram a funcionar, recentemente, o órgão vai enviar equipe de fiscalização para ação de conscientização quanto à importância de cumprir a legislação mantendo as calçadas livres e respeitando a acessibilidade.

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