Vinte e quatro policiais do 6º Comando de Policiamento de Área (CPA), participaram, nesta quinta-feira (12), no Rio de Janeiro, do seminário “Violência contra Mulher e a Atuação da Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida”. O evento, organizado pela Coordenadoria de Assuntos Estratégicos (CAE) da Secretaria de Estado de Polícia Militar, marcou a primeira avaliação do programa, lançado no dia 5 de agosto deste ano. O evento reunirá especialistas de diferentes segmentos, entre as quais a canadense Stephanie Ashton, da Polícia Real Montada Canadense.

Até o último dia 5, em quatro meses, as equipes da Patrulha Maria da Penha fizeram um total de 4.026 atendimentos a mulheres em situação de risco, em todo o território estadual. Durante o seminário, foi apresentado um quadro estatístico dos atendimentos, assinalando, por exemplo, as áreas de maior incidência e o perfil das vítimas.

De acordo com a assessoria da secretaria de Polícia Militar, os patrulheiros fiscalizaram 3.042 medidas protetivas e foram 984 visitas domiciliares e assistência direta a 2.114 mulheres vítimas de violência. Um total de 1.439 mulheres foram inseridas no programa e acompanhadas através da Fiscalização de Medida Protetiva de Urgência. Pelo descumprimento da medida, 50 agressores foram presos, 12 na capital, 14 na Baixada Fluminense e 24 em Niterói e no interior do estado. A Patrulha também promoveu 252 palestras sobre prevenção e atuação em casos de violência doméstica.

O seminário apresentou cinco painéis e um debate, com temas sobre o impacto da Patrulha Maria da Penha nas organizações do sistema de justiça criminal (Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Polícia Civil) e a atuação operacional dos batalhões da PM. A especialista canadense Stephanie Ashton, que trabalha na área de violência de gênero há 18 anos e que atualmente é coordenadora provincial para Respostas à Violência Sexual e Doméstica, foi a última palestrante e fez uma visita técnica, nesta sexta-feira (13), a unidades da PM para conhecer o programa.

- A equipe da Patrulha da Penha participou do seminário, porque a capacitação é muito importante para o aperfeiçoamento da atuação. Trabalhamos para obter, a cada dia, mais aceitação, porque em casos de violência doméstica, o mais importante é alcançar a confiança da vítima, que, em geral, reluta em pedir ajuda. Mas estamos tendo uma boa aceitação e é disso que precisamos para cumprir o nosso dever, que é um trabalho muito mais preventivo no sentido de chegar ao agressor e impedir a repetição da agressão, o agravamento da violência – comentou o comandante do 8º BPM, tenente-coronel Luiz Henrique Monteiro.