Ministério da Saúde garante R$ 3 milhões para HPC, diz deputado
11/12/2019 16:04 - Atualizado em 16/12/2019 16:19
Hospital dos Plantadores de Cana
Hospital dos Plantadores de Cana / Antônio Leudo
O deputado federal Christino Áureo (PP) anunciou um convênio entre o Ministério da Saúde e o Hospital Plantadores de Cana, em Campos. Mais de R$ 3 milhões, divididos em 12 parcelas, serão liberados para a unidade. O HPC enfrentou, no último mês, uma grave crise financeira devido a atrasos no repasse de verbas, que causou, entre outros problemas, o fechamento da pediatria e a suspensão de cirurgias eletivas. Os recursos serão utilizados para atender a seis leitos de UTI tipo A, 10 de UTI Neonatal e 24 para gestantes de alto risco.
Segundo o deputado, o convênio será assinado na próxima terça-feira (17), quando o ministro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinam o convênio. A publicação em Diário Oficial está prevista para o dia seguinte. Segundo a assessoria, trata-se de uma emenda carimbada e o recurso vai para ser encaminhado para secretaria de Saúde do município que terá que repassar o valor para o hospital.
— O hospital é muito bem administrado, com transparência e seriedade, mas precisa de recursos para desenvolver o trabalho sério a que se propõe. Por isso decidimos buscar estes recursos para a unidade que atende a cidade de Campos, mas também outros municípios do Norte Fluminense — afirmou Christino Áureo.
A Folha entrou em contato com o Hospital Plantadores de Cana e aguarda um posicionamento.
Crise — Em novembro e dezembro, o atendimento pediátrico, a realização de cirurgias eletivas e o fornecimento da alimentação para acompanhantes de pacientes foram suspensas na unidade que teve atraso no repasse de verbas municipais. Os serviços já foram retomados. Por causa disto, a promotoria da Infância e da Juventude de Campos protocolou, no dia 6 de novembro, duas ações civis públicas contra o município por falta de repasses de cerca de R$ 11 milhões ao HPC e HBP. O hospital também procurou diretamente a justiça, que recebeu cerca de R$ 2,5 milhões judicialmente e R$ 2 milhões via verba estadual. Segundo o hospital, o município deve, ainda, cerca de R$ 5,5 milhões, motivo pelo qual o atendimento pediátrico, a realização de cirurgias eletivas e o fornecimento da alimentação para acompanhantes de pacientes não serão retomados por ora.

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