Dono do mais antigo minimercado da Pelinca morre aos 60 anos
Verônica Nascimento 02/12/2019 16:25 - Atualizado em 03/12/2019 13:20
Telmo Barcelos soriano Nunes morre aos 60 anos
Telmo Barcelos soriano Nunes morre aos 60 anos / Verônica Nascimento
Antigo comerciante da rua Barão da Lagoa Dourada, entre a Pelinca e o Parque Tamandaré, Telmo Barcelos Soriano Nunes morreu nesta segunda-feira (2), aos 60 anos. Surpreendidos com a nota de falecimento fixada na porta do Minimercado Telmo, que, depois de mais de duas décadas, não abriu pela manhã, amigos, fregueses e comerciantes locais foram confortar a família, a viúva Cleidiana Dias Vieira Nunes e os filhos Daniela e Thiago.
— Fizemos 22 anos aqui, em novembro. No início, eu até sentia ciúmes, porque vi como ele era amado. Depois compreendi e também passei a ser querida. Todos gostavam muito dele e foi de repente que ele se foi. Na sexta-feira, ele abriu o comércio e tomou um achocolatado. Depois, ele subiu, para casa, sentindo muita dor no estômago. Eu chamei Thiago e disse: “Meu filho, leva seu pai para o hospital, porque ele não está bem”. Fizeram exames e constataram uma pancreatite aguda. Ele estava muito ansioso e acabou sendo entubado no sábado. Ontem (domingo) à noite, mesmo entubado, ele dormia e parecia muito sereno. Hoje (segunda) de manhã, ligaram avisando que ele tinha falecido — contou Cleidiana.
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O corpo de Telmo está sendo velado na capela do Caju. O sepultamento está previsto para as 10h desta terça-feira (3). No comércio, em um espaço ao lado, funcionava uma espécie de churrasquinho, frequentado não só por moradores, mas também por trabalhadores dos estabelecimentos comerciais.
Júnior Marins e a esposa, Ana Lídia, eram frequentadores do minimercado e amigos de Telmo. “Frequentamos o comércio desde que abriu e criamos uma grande amizade, não só por Telmo, mas por Cleidiana e os filhos. Conhecemos a família toda, que mora aqui em cima do minimercado e esse sempre foi um ponto de encontro, de opinião”, disse Júnior.
Lídia lembrou que há 22 anos o minimercado Telmo era o único que funcionava na área, o que tornou seu proprietário conhecido por quase todos os moradores da região. “Telmo sempre foi uma pessoa muito boa. Ele cuidou da mãe, dos tios idosos, da sogra, até o fim. Todos moravam aqui, juntos, e ele abria mão de viajar, da própria vida, para se dedicar e cuidar da família. Ele só trabalhava e, no comércio dele, os amigos se reuniam para conversar”, contou Ana Lídia.

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