Altura e Adriano Moura em papo sobre literatura no Folha no Ar
13/12/2019 08:00 - Atualizado em 17/12/2019 17:13
 Adriano Moura e Luiz antônio Cosmelli
Adriano Moura e Luiz antônio Cosmelli / Isaías Fernandes
A arte da escrita teve papel de destaque na primeira edição desta sexta-feira (13) do Folha no Ar, da Folha FM 98,3. Foram entrevistados no programa os professores e poetas Adriano Moura e Luiz Antônio Cosmelli, abordando, entre outros assuntos, seus novos trabalhos literários.
No programa, Adriano Moura deu detalhes sobre seu livro de contos “Invisíveis”, com previsão de lançamento para março de 2020, pela Editora Patuá.
— É um projeto que parte de algo que há alguns anos que já me incomodava, por exemplo, que são pessoas que vivem em situação de marginalidade, principalmente em situação de rua. Mas, não necessariamente o morador de rua. Pessoas cuja existência seja marcada por alguma situação de abandono ou de miséria, ambos também no âmbito da própria condição existencial, e não apenas material. Então, é um livro em que os personagens são prostitutas, mendigos, bebuns, um morador de rua propriamente... Pessoas que têm algum tipo de relação direta com esse espaço, seja no âmbito material ou afetivo — explicou Adriano Moura. — E estou produzindo um espetáculo de teatro, como faço às vezes para promover os meus livros, a partir dos contos que fazem parte da publicação — pontuou.
Outro projeto de Adriano Moura para o próximo ano é a realização de um espetáculo teatral sobre a vida de Cícero Guedes, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Campos, morto em 2013.“Estou já elaborando um roteiro acerca da biografia dele para que a gente produza um espetáculo para o segundo semestre de 2020”, revelou.
Autor do livro de poesias “Provocações e Silêncios”, lançado no final de novembro dentro da programação do Festival Doces Palavras (FDP!), Luiz Antonio Cosmelli usou o espaço para enfatizar a importância de produtores culturais atuarem como agregadores por um objetivo comum: a difusão da arte.
— Estava em Italva lançando o meu livro, e foi uma resposta muito legal, porque as pessoas apareceram e falaram: “acho que você foi o primeiro que teve coragem de fazer isso aqui em Italva, porque aqui não tem nada, ninguém vem aqui”. E a gente pôde conversar sobre poesia, literatura, arte... No local onde a gente lançou, a proprietária disse que dei uma ideia de fazer um café literário. E, pela convivência, vou há muitos anos em Italva trabalhar com a psicologia, sei que alguns meninos e algumas meninas escrevem, têm uma produção. Talvez, o papel da gente seja isso: garimpar, trazer para perto essas pessoas, torná-las visíveis — disse Altura. — O papel do produtor de arte, do criador de arte, é fazer essas pessoas se tornarem visíveis, inclusive a obra deles também, para ser mais discutida. Não sei explicar minhas poesias, mas trazer para a discussão do hoje, do agora, do mundo que a gente está vivendo — comentou.
Em “Provocações e Silêncios”, Altura vasculha os horizontes dos silêncios e das provocações que alimentam e denunciam suas viagens afetivas, políticas e sociais.
Confira a entrevista: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS