Policiais civis da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), com apoio da Polícia Militar, cumpriram três mandados de prisão na manhã desta quinta-feira, na localidade de Ururaí. De acordo com o delegado Bruno Cleuder, os mandados eram relacionados ao caso de tortura de uma adolescente, ocorrida no início do ano, e por associação ao tráfico de drogas.

Seis criminosos foram os alvos da operação, incluindo um menor. Cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos, sendo cumpridos três deles no início da manhã desta quinta. Durante a ação, não houve resistência dos detidos, que foram acordados pelos policiais. Dois suspeitos ainda estão foragidos.

Segundo a polícia, próximo ao local onde ocorreram as prisões, funciona um ponto de venda de drogas, onde foram encontradas 19 buchas de maconha espalhadas. Ainda de acordo com os agentes, ao perceberem a presença da PM, os traficantes teriam fugido, deixando a droga no local.

Os três suspeitos foram conduzidos à 134ª Delegacia de Polícia (Centro), onde permanecem presos e aguardam transferência para a Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro.

Caso — No dia 12 de fevereiro deste ano, três homens foram detidos e um menor, de 17 anos, apreendido suspeitos de torturar uma adolescente de 17 anos. O crime aconteceu três dias antes, quando a vítima teve a cabeça raspada e foi agredida a coronhadas na cabeça, em frente de casa, na rua Silvio Codeco, em Ururaí. Segundo ela, a motivação do crime seria o fato de ela namorar um rapaz da comunidade Baleeira, que pertenceria à facção rival ADA (Amigo dos Amigos), enquanto ela reside em uma área dominada pelo TCP (Terceiro Comando Puro).

Na época, a Polícia Militar disse que informações levaram os agentes até a casa da vítima e ela apontou sete envolvidos no crime. Ela contou que um deles, que estaria armado, teria sido o responsável pelas agressões, enquanto outros observavam. A vítima relatou ainda que foi agredida verbalmente com xingamentos. Após a violência, ela chegou a colocar um aplique de cabelo, mas os agressores ordenaram que ela o retirasse. A polícia acredita que a adolescente tenha sido torturada em via pública, uma vez que a exposição é uma forma de retaliação e intimidação para os demais moradores.

Após buscas, os militares encontraram quatro deles, na parte da tarde, em Ururaí. Todos teriam confessado o envolvimento no crime.