Jackie Brown é apresentado no Cineclube Goitacá
Ícaro Barbosa 07/11/2019 19:06 - Atualizado em 11/11/2019 15:23
Divulgação
Foi exibido quarta-feira (06), no Cineclube Goitacá, o terceiro longa-metragem de Quentin Tarantino, “Jackie Brown” (1997), com apresentação do jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa, diretor de redação da Folha da Manhã. O filme foi estrelado por Pam Grier, Samuel L. Jackson, Robert De Niro, Michael Keaton, Bridget Fonda e o ator homenageado na exibição, Robert Forster.
A atuação em “Jackie Brown” valeu a Foster indicação ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante. Ele faleceu no dia 11 de outubro, aos 78 anos, após luta contra um câncer no cérebro. Além do longa levado por Aluysio Abreu Barbosa ao Cineclube Goitacá, Robert Forster é lembrado, especialmente pelos mais jovens, por suas aparições no seriado “Breaking Bad” e, recentemente, no longa que dá fim à série, “El Camino” (2019), exibido na Netflix.
No Cineclube, Aluysio Abreu Barbosa citou a polêmica questão de “apropriação cultural”, levantada por cineastas como Spike Lee.
— Tarantino trouxe a Pam Grier, um ícone do cinema negro blaxploitation, feito por cineastas e atores negros para o público negro. Embora o romance original que inspirou o filme, “Rum Punch”, não tenha uma característica negra, Quentin adaptou para o cinema trazendo essa influência, com música e maneiras de filmar, resgatando também a Pam Grier, que estava no ostracismo desde os anos 1970 — disse Aluysio.
— Após ser criticado por Spike (Lee), afirmando que ele não poderia ter filmado aquele filme no estilo, Quentin respondeu: ‘admiro muito o Spike e o cinema dele, mas ele pode filmar porque é negro e eu não posso porque sou branco? Ele que suba em um banquinho e beije minha bunda’, afirmação de conotação puramente pejorativa — mencionou o apresentador.

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