Não é só futebol: a política financeira que transformou o Flamengo
- Atualizado em 25/11/2019 13:50
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O sucesso do Flamengo vai para além das quatro linhas. Além de todo poderio financeiro que resultou em contratações certeiras e uma estrutura européia para que o time pudesse alcançar o patamar futebolístico empregado hoje, o time passou por uma reestruturação em suas contas, iniciada por Eduardo Bandeira de Mello.
 Nunca foi só futebol, com a chegada de Bandeira ao clube, iniciou-se uma política administrativa até então pouco habitual no Brasil. O presidente à época colocou em xeque seu capital político dentro do Flamengo, tomando duras medidas que influenciavam diretamente no time principal, apostando em resultados futuristas e não imediatistas. 
 Depois de sucessivas trágicas administrações de Márcio Braga, Patrícia Amorim, entre outros, parecia quase impossível reverter as dívidas que se acumulavam, chegando a casa dos R$ 700 milhões (R$ 1 bilhão em valores corrigidos). Por óbvio, todo esse montante ainda não foi sanado, entretanto, severamente reduzido em um curto espaço de tempo. Hoje, o time tem dívidas que giram em torno de R$ 400 milhões, sendo a maioria tributária, o que está se resolvendo através do Profut (Programa de Modernização da Gestão de Responsabilidade do Futebol Brasileiro), criado pelo Governo Federal em 2015.
 À frente do clube, Bandeira colheu no futebol resultados amargos. Apesar de inicialmente não ter muitas expectativas de títulos, com o passar do tempo e contratações de peso, como Paolo Guerrero, Diego e Éverton Ribeiro, os pífios fracassos começaram a criar uma erosão na gestão. 
 No fim de 2018, com as eleições presidenciáveis, o ex-presidente viu seu candidato sair derrotado e um ex-aliado vitorioso. Dava-se início a era Rodolfo Landim. 
 Landim, apesar de ficar externamente conhecido há pouco tempo, participou do início da gestão Bandeira. Todavia ambos tiveram discordâncias internas, acarretando no afastamento de Rodolfo Landim à época. 
 Apesar de desconfianças da torcida no início de seu mandato, Landim parece trilhar o mesmo caminho do seu antecessor em relação ao planejamento administrativo. Agora, felizmente, com títulos de expressão. Contudo, jamais pode-se esquecer de quem teve a coragem de mudar todo esse panorama. 
 Assim como no futebol, espera-se que Campos possa trilhar um caminho parecido. Como dito anteriormente, neste mesmo blog, a cidade já experimentou sua era de Márcio's Bragas e Patrícia Amorim. Mesmo que pareça duro e exista uma série de efeitos colaterais, que são árduos, hoje existe um exemplo claro à população de como os efeitos podem trazer benesses ao futuro. 

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    Frederico Monteiro

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