Ponto Final - Pontos em comum em embate entre Nildo e Bastos
29/10/2019 08:26 - Atualizado em 22/11/2019 14:17
Pontos em comum
Os embates entre o ex-superintendente de Abastecimento Nildo Cardoso e o secretário de Governo de Campos, Alexandre Bastos, não chegaram ao fim. Ontem, em duas edições do Folha no Ar, da Folha FM 98,3, cada um expôs seu ponto de vista sobre o andamento da gestão Rafael Diniz e as declarações polêmicas de Nildo, em entrevista na semana passada. Mas em alguns pontos eles concordam. O primeiro é que o município passa por uma grave crise financeira, com uma máquina inchada herdada de gestões anteriores. Outro ponto em comum é o risco de a situação ficar ainda pior com a partilha dos royalties.
Risco em julgamento
Está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), para daqui a 22 dias, o julgamento do mérito da liminar da ministra Cármen Lúcia na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.917, que desde 2013 mantém a regra de distribuição dos royalties de petróleo. Em 2012, o Congresso aprovou a lei 12.734, que partilho o recurso para estados e municípios não produtores. Caso passe pelo STF, Campos perderia com a partilha cerca de 70% das receitas provenientes da exploração do petróleo, como a Folha mostrou no dia 12 de abril. Segundo cálculos do jornal O Globo, divulgados em 11 de setembro, o município perderia 30% de toda sua arrecadação.
Reflexos no tabuleiro
Os dois também acreditam que caso a partilha aconteça, haverá redução no número de pré-candidatos a prefeito, que já passou da casa de uma dezena a pouco menos de um ano das eleições de 2020. Para Nildo, além do afunilamento natural com a chegada do período eleitoral, muita gente desistiria da disputa com a perspectiva de receitas ainda menor. Bastos lembrou que a população não está se importando muito com as pré-candidaturas e que só para oposição há vantagem em antecipar o processo. No entanto, concordou que a perspectiva de menor receita também pode diminuir as pré-candidaturas.
Movimento
O Pontal de Atafona, em São João da Barra, esteve mais que movimentado nesse fim de semana. As mudanças na geografia do local atraíram muitos curiosos. Com o Paraíba do Sul cada vez mais fraco, bancos de areia se formaram e a foz em Atafona se fechou, ligando a praia à Ilha da Convivência, em São Francisco de Itabapoana. Muita gente já aproveitou até para ir de carro para o território da antiga ilha, que agora se juntou ao continente — e o fato gerou grande discussão nas redes sociais. Teve também quem aproveitou o movimento no Pontal para garantir uma renda extra, mas a “novidade” na antiga foz não agrada todo mundo.
Preocupação
É grande a preocupação dos pescadores sobre o futuro. A barra de Atafona nunca tinha sido fechada. Ao menos não há registro oficial, embora, há séculos, existam relatos da dificuldade de passar pelo local. Já a barra que é utilizada atualmente, entre a Convivência e a ilha do Pessanha, abre e fecha de maneira natural constantemente. Caso as mudanças voltem a acontecer na foz, a principal atividade econômica do distrito sanjoanense pode ser inviabilizada. Existem projetos de desassoreamento em curso na secretaria de Meio Ambiente de SJB, que ainda não se posicionou após o município deixar de ser a foz do Paraíba.
Começou mal
O blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa, relata que estava marcado para domingo o voo inaugural da VoePass (Passaredo) de Macaé para São Paulo. Estava, porque um e-mail enviado pela empresa comunicou o cancelamento do voo para Congonhas, devido a um atraso na certificação do Aeroporto de Macaé, por parte da Infraero. O cancelamento causou transtorno para os passageiros e é lamentável que a “descoberta” da falta de certificação tenha ocorrido apenas no dia do voo. Para os passageiros do voo São Paulo-Macaé, como solução alternativa, foi alterado o aeroporto de desembarque, aterrizando em Cabo Frio.
Hermanos
Alberto Fernández é o novo presidente da Argentina, com Cristina Kirchner como vice. Após um mandato de Maurício Macri, de centro direita, os argentinos optaram por voltar ao kirchnerismo, que governou o país por mais de uma década, de 2003 a 2015. Tanto Fernández quanto Macri, em seus discursos na noite de domingo, afirmaram estar preocupados com os argentinos e disseram que farão o melhor no período de transição. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), lamentou a vitória e disse que não cumprimentará Fernández. A postura pode colocar em risco as relações comerciais dos dois países e já chama a atenção do Congresso.
Charge do dia:
José Renato

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